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A mostrar mensagens de agosto, 2014
Crítica: Se Eu Ficar (If I Stay), de R.J. Cutler Três meses depois do retumbante sucesso de "A Culpa É Das Estrelas", Hollywood volta a lançar mais uma obra romântica baseada numa obra literária, classificada como "juvenil" que mais uma vez surpreende pela forma genuína e tocante como subverte os habituais clichés do género de modo a criar um filme profundamente humano e tocante, onde o espectador se pode facilmente identificar como a sua peculiar (no bom sentido) e interessante narrativa que aqui é separada entre flashbacks e acontecimentos do presente, tudo isto sem nunca parecer desconexo ou desorganizado, o que é bom, muito bom, e difícil de fazer. Porém Cutler e a sua argumentista conseguem-no por saberem exatamente onde um guião para um drama neste linha se deve focar, ou seja, nas personagens. Em "Se Eu Ficar" são elas as mais importantes e por isso, o argumento certifica-se que as mesmas são constantemente desenvolvidas, e não apenas as princi
Crítica: A Viagem Dos Cem Passos (The Hundred Foot-Journey), de Lasse Hallström Não tem tido a vida facilitada este "A Viagem Dos Cem Passos", inicialmente pensava-se que seria um dos grandes sucessos do verão, até por ser uma das únicas propostas dentro do panorama comercial desta altura do ano a fugir à classificação de blockbuster , e depois por ter Steven Spielberg e Oprah Winfrey como produtores (sendo que cada um vem de uma longa linha de sucessos recentes). Mas a verdade é que acabou por passar completamente despercebido, especialmente em mercados europeus, e embora a crítica não costume influenciar o mercado, certamente não foi positiva para a obra o arraso que sofreu pela parte da crítica. E embora de facto não estejamos perante um grande filme (longe disso), a verdade é que também não havia razão para tanto. E no geral, esta obra de Lasse Hallström só sofre de um verdadeiro grande problema, o pior é que este último acaba por existir num elemento fulcral para q
Crítica: Sin City: Mulher Fatal (Frank Miller's Sin City: A Dame to Kill For), de Robert Rodriguez Existe algo de extraordinário acerca de Robert Rodriguez que é absolutamente inegável, goste-se ou não do trabalho do cineasta, falo da sua paixão pela sétima arte que trespassa toda a sua filmografia, desde os seus melhores filmes aos seus (poucos) mais fracos é admirável a forma como o realizador põe a sua alma em cada projeto seu, e se diverte a trabalhar os universos e personagens que cria, sempre com o mesmo entusiasmo contagiante a passar também para toda a sua equipa, desde os atores, até aos técnicos de som. Com Rodriguez todos os intervenientes estão empenhados ao máximo na tarefa de trazer as histórias em questão à vida, e neste seu novo trabalho isso não é diferente. Uma sequela a um dos seus maiores êxitos (e um dos seus melhores filmes) "Sin City: A Cidade Do Pecado", que já conta dez anos (o tempo passa...), chega finalmente a hora do cineasta revisitar
Destaque Da Semana (28/08/2014-03/09/2014): Sin City: Mulher Fatal (Frank Miller's Sin City: A Dame to Kill For), de Robert Rodriguez
Crítica: Terra Chama Echo (Earth To Echo), de Dave Green Ainda no outro dia escrevia na minha crítica ao filme "Nunca Digas Nunca", que a indústria americana (falo principalmente dos grandes estúdios) mudou drasticamente nos últimos anos, e a verdade é que se de certa forma essa mudança teve alguns efeitos positivos, é importante também notar que acabou por criar um fosso demasiado grande entre grandes blockbusters criados maioritariamente com o objetivo de criar franchises e tudo o resto, que de certa forma parece ter sido "empurrado" para as periferias (pequenos estúdios, ou o cinema independente), com alguns géneros a caírem mesmo no desuso, entre eles, o cinema familiar (e atenção que não falo aqui de cinema de animação, mas sim de fitas de imagem real). O que acaba por ser algo triste, porque se perdermos alguns minutos a analisar os últimos lançamentos comerciais rapidamente conseguimos reparar que em quatro anos (desde  2010) recebemos por cá cerca de 6
Crítica: Lucy, de Luc Besson Luc Besson é frequentemente insultado pelas "elites cinematográficas", pela sua tentativa de internacionalização do cinema francês (isto também porque muitos daqueles que se chamam cinéfilos hoje em dia na verdade não têm uma verdadeira paixão pela sétima arte, ou pelo menos essa é a única explicação que consigo encontrar para o seu contínuo ódio a muito do que se faz no panorama cinematográfico comercial digamos assim, mas isso é uma discussão para outro dia), sendo por várias vezes acusado de produzir unicamente fracas cópias daquilo que se faz no cinema americano. O que não é de todo verdade, até porque embora seja um facto que Besson incorpora com grande frequência fórmulas bem estabelecidas dentro da cinematografia americana (o que ao contrário do que os seus detracores parecem pensar não é necessariamente mau, pelo contrário, até porque todos os cineastas bons e maus, americanos, europeus ou asiáticos acabam sempre por ir buscar inspira
Destaque Da Semana (21/08/2014-27/08/2014): Lucy, de Luc Besson
Crítica: Nunca Digas Nunca (And So It Goes), de Rob Reiner Não deixa de ser interessante de reparar que Rob Reiner, em tempos uma verdadeira lenda de Hollywood realizador de verdadeiros clássicos como "Um Amor Inevitável", "Conta Comigo", "Uma Questão De Honra", entre variadíssimos outros, é hoje um cineasta verdadeiramente marginal dentro do sistema de produção cinematográfica americano. Não que os seus filmes estejam hoje diferentes, muito pelo contrário, o que se passa é que a indústria mudou, e os grandes estúdios, cada vez mais e com poucas exceções já não têm interesse em "pequenos" filmes como são os de Reiner, concentrando-se ao invés em grandes produções executadas com o objetivo de criar franchises , empurrando aqueles que eram outrora os líderes da indústria para uma periferia (o que atenção não é uma crítica, apenas um facto que importa ser discutido). Porém, apesar de já não ter o apoio das grandes produtoras (nem da crítica) R
Crítica: Os Mercenários 3 (The Expendables 3), de Patrick Hughes Em 2010 o australiano Patrick Hughes, acérrimo fã de obras de ação dos anos 70,80, e 90 (fitas da escola Stallone, Willis, Schwarzeneger, entre outras), decidiu hipotecar a sua casa de modo a conseguir produzir o filme "Red Hill", que funcionava como uma espécie de homenagem a essas películas, que o inspiraram durante a sua infância, no meio disto tudo eventualmente o filme chegou às mãos de Sylvester Stallone que o adorou. Agora quatro anos depois o ator contratou Hughes para dirigir o terceiro capítulo desta sua saga, e fez bem, porque "Os Mercenários 3", não só é um excelente filme como é o único capítulo da trilogia que consegue finalmente acertar naquele espírito das já mencionadas obras que fizeram dos seus atores estrelas. E não, não quero de todo com isto dizer que os filmes anteriores da saga foram maus, longe disso tanto um como outro tiveram variados atributos, mas também acabaram por
Destaque Da Semana (14/08/2014-20/08/2014): Os Mercenários 3 (The Expendables 3), de Patrick Hughes
Crítica: O Gangue Do Parque (The Nut Job), de Peter Lepeniotis Sejamos sinceros, cada vez mais hoje em dia, a animação se apresenta como um dos melhores e mais consistentes géneros no mundo do cinema. Graças a obras (e respetivas sequelas) como "Toy Story", "Como Treinares O Teu Dragão", "Gru - O Maldisposto", entre outras. Todas elas tão recomendáveis, quanto a maioria da concorrência de imagem-real. "O Gangue Do Parque" embora não tenha, por exemplo, a profundidade e humanidade de um "Toy Story" funciona por partir de uma ideia inteligente: fazer um heist movie  (uma obra que gira em volta de uma ou mais pessoas que tentam realizar um golpe), mas no reino da animação. E a verdade, aquilo que mais surpreende no filme de Lepeniotis é a forma como este consegue criar uma obra que tem tanto para agradar aos mais novos como aos mais velhos, pois ao contrário de alguns filmes de animação menores, que ultimamente também cá têm chegado
Julho 2014: O Mês em Mini-Críticas Quinta-Feira, 3 de Julho de 2014: Umas Férias Inesperadas (Blended), de Frank Coraci Adam Sandler, ficou popular pela criação de um estilo de humor familiar muito próprio que este parecer imprimir a todos os filmes que faz. Aqui a história repete-se, e felizmente com a mesma eficácia das obras anteriores que protagonizou e, por isso, e pela "reunião" do ator com Drew Barrymore, com quem protagonizou dois dos seus melhores filmes ("Um Casamento Quase Perfeito" e "A Minha Namorada Tem Amnésia"), acaba por ser uma obra perfeita para fãs, ou simplesmente para quem apenas quer 90 minutos de diversão, e nesse aspeto funciona na perfeição. Só é pena é que as obras de Sandler continuem a cometer o mesmo erro flagrante: o desinteresse pelas personagens, que aqui mais uma vez acabam por ser descuradas em favor do humor fácil. 6/10 Draft Day - Dia D, de Ivan Reitman Em 2012 estreou "Moneyball - Jogada De Risco
Crítica: Guardiões Da Galáxia (Guardians Of The Galaxy), de James Gunn Há um elemento que qualquer filme necessita, independentemente do seu género, ou do seu tom. Falo naturalmente do "elemento humano", aquela componente quase mágica que o cinema tem de nos ligar às personagens das histórias que conta, esse elemento que nos faz rir com aquelas pessoas (ou animais e outras criaturas sobrenaturais ou não), chorar com elas, sentir o seu prazer e o seu sofrimento e, por vezes, até temer pela sua sobrevivência. "Guardiões Da Galáxia" funciona porque James Gunn, sabe disso e aplica-o na realização de um filme verdadeiramente único. Tudo começa pelo argumento, com Gunn (cineasta de culto americano que aqui se estreia no cinema comercial, sem perder nenhuma das características específicas do seu cinema que o fazem um autor tão especial no panorama atual), a conseguir um extraordinário balanço entre comédia e ação, nunca descurando o drama e, acima de tudo as personag
Destaque Da Semana (07/08/2014-13/08/2014): Guardiões Da Galáxia (Guardians Of The Galaxy), de James Gunn
Crítica: Ruas Rivais, de Márcio Loureiro                                       O cinema português não está morto, mas está moribundo. Nos últimos anos (com exceção de 2012, que foi de facto, um ano magnífico para a produção cinematográfica portuguesa) temos visto as nossas salas serem invadidas por filmes lamentáveis que se parecem dividir em duas categorias, maus filmes comerciais (cujo  falta de qualidade pode ser desculpada pelo sucesso de bilheteira), e um cinema que as elites cinematográficas insistem em apelidar de "autor" e de "imensa qualidade, mas que na verdade, não passam de obras pedantes, bafientas, pretensas, sem coração, sem alma, feitas unicamente com o objetivo de passar em alguns festivais e ganhar uns quantos prémios (só para depois caírem imediatamente no esquecimento) há exceções a estas categorias é claro, mas são poucas e aparecem muito ocasionalmente. Mas, pergunta o caro leitor já cansado de ler sobre o paupérrimo estado da produção cinematog