Crítica: Annabelle, de John R. Leonetti
"The Conjuring - A Evocação" foi, sem dúvida alguma, o maior sucesso do passado ano. Com um orçamento baixo, belíssimas críticas e altíssimos resultados nas bilheteiras, era natural que a sua produtora estivesse interessada em capitalizar neste fenómeno e, como tal foi de imediato anunciada uma sequela (com estreia marcada para 2015) e um spin-off, que agora chega às nossas salas, focando-se não nas personagens que nos tinham sido previamente apresentadas, mas sim num pequeno "detalhe" secundário da fita anterior, que apesar de apenas ter aparecido num pequeno grupo de cenas, ficou na memória de todos os que assistiram à obra: a boneca Annabelle.
Dirigido por John R. Leonetti, cinematógrafo da obra original, que revela aqui um extraordinário talento na criação de ambiente (algo sempre importante em obras de terror) e de inventivas sequências de horror puro, sendo até capaz de apresentar aqui, pelo menos um par de momentos inesquecíveis e "vividos" na perfeição pela sua protagonista Annabelle Wallis (sim, eu sei é irónico), que impressiona com uma enorme expressividade, provando-se capaz de fazer o espetador sentir a cada momento o pavor que assola constantemente a sua personagem, pena porém que o resto do elenco com exceção de Tony Amendola (eficaz num pequeno papel), não esteja ao seu nível, embora isso também possa ser culpa do argumento que nunca lhes oferece mais do que aquilo que é estritamente necessário para o desenrolar da acção.
De notar, ainda, um dos aspetos mais interessantes da obra (como já o era em "The Conjuring") a sua localização temporal, os anos 70 (época conhecida pela crescente proliferação de cultos satânicos nos EUA em especial na Califórnia), que proporciona à narrativa uma certa frescura e originalidade, com o argumentista a tirar o máximo proveito da paranóia e medo sentidos pelo povo americano nessa década.
E como tal, este "Annabelle" torna-se uma viagem tensa e, por vezes arrepiante, que em mês de Halloween se apresenta como uma ótima opção.
8/10
"The Conjuring - A Evocação" foi, sem dúvida alguma, o maior sucesso do passado ano. Com um orçamento baixo, belíssimas críticas e altíssimos resultados nas bilheteiras, era natural que a sua produtora estivesse interessada em capitalizar neste fenómeno e, como tal foi de imediato anunciada uma sequela (com estreia marcada para 2015) e um spin-off, que agora chega às nossas salas, focando-se não nas personagens que nos tinham sido previamente apresentadas, mas sim num pequeno "detalhe" secundário da fita anterior, que apesar de apenas ter aparecido num pequeno grupo de cenas, ficou na memória de todos os que assistiram à obra: a boneca Annabelle.
Dirigido por John R. Leonetti, cinematógrafo da obra original, que revela aqui um extraordinário talento na criação de ambiente (algo sempre importante em obras de terror) e de inventivas sequências de horror puro, sendo até capaz de apresentar aqui, pelo menos um par de momentos inesquecíveis e "vividos" na perfeição pela sua protagonista Annabelle Wallis (sim, eu sei é irónico), que impressiona com uma enorme expressividade, provando-se capaz de fazer o espetador sentir a cada momento o pavor que assola constantemente a sua personagem, pena porém que o resto do elenco com exceção de Tony Amendola (eficaz num pequeno papel), não esteja ao seu nível, embora isso também possa ser culpa do argumento que nunca lhes oferece mais do que aquilo que é estritamente necessário para o desenrolar da acção.
De notar, ainda, um dos aspetos mais interessantes da obra (como já o era em "The Conjuring") a sua localização temporal, os anos 70 (época conhecida pela crescente proliferação de cultos satânicos nos EUA em especial na Califórnia), que proporciona à narrativa uma certa frescura e originalidade, com o argumentista a tirar o máximo proveito da paranóia e medo sentidos pelo povo americano nessa década.
E como tal, este "Annabelle" torna-se uma viagem tensa e, por vezes arrepiante, que em mês de Halloween se apresenta como uma ótima opção.
8/10
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