Crítica: Virados Do Avesso, de Edgar Pêra
Edgar Pêra, figura de proa do cinema alternativo nacional, regressa às salas (depois de em 2011 ter tido "O Barão" no circuito comercial) com este "Virados Do Avesso" uma obra singular (como é apanágio do seu autor) que, apesar de imperfeita não deixa de ser um curioso apontamento no panorama cinematográfico português.
Tudo começa quando João (Diogo Morgado), um aclamado escritor a enfrentar uma crise criativa, acorda um dia ao lado do seu namorado (Jorge Corrula a conseguir fazer algo de muito cómico com uma personagem construída unicamente à base de clichés e estereótipos ridículos) sem se lembrar que é homossexual e, a partir daí entra numa "jornada", diga-se assim, para encontrar a inspiração necessária para elaborar o seu próximo livro e ao mesmo tempo tornar-se no "machão" que pensa ter de ser.
O resultado é uma comédia meio trash, belíssimamente filmada e editada (outra coisa não seria de esperar, visto que Pêra é um dos mais talentosos realizadores nacionais da atualidade), pontuada por um par de boas interpretações (Nuno Melo e o já referido Jorge Corrula são os que mais se destacam pela positiva) que consegue até alguns momentos verdadeiramente hilariantes e só peca por preferir quase sempre o exagero e a parvoíce, desperdiçando o seu potencial e fazendo daquilo que poderia bem ser uma sátira inteligente aos preconceitos e estereótipos que "envenenam" a nossa sociedade hoje em dia, uma comédia meramente simpática, que embora divirta e entretenha do princípio ao fim, sem grande dificuldade, não deixa de ser um bocado oca a nível de conteúdo.
Edgar Pêra, figura de proa do cinema alternativo nacional, regressa às salas (depois de em 2011 ter tido "O Barão" no circuito comercial) com este "Virados Do Avesso" uma obra singular (como é apanágio do seu autor) que, apesar de imperfeita não deixa de ser um curioso apontamento no panorama cinematográfico português.
Tudo começa quando João (Diogo Morgado), um aclamado escritor a enfrentar uma crise criativa, acorda um dia ao lado do seu namorado (Jorge Corrula a conseguir fazer algo de muito cómico com uma personagem construída unicamente à base de clichés e estereótipos ridículos) sem se lembrar que é homossexual e, a partir daí entra numa "jornada", diga-se assim, para encontrar a inspiração necessária para elaborar o seu próximo livro e ao mesmo tempo tornar-se no "machão" que pensa ter de ser.
O resultado é uma comédia meio trash, belíssimamente filmada e editada (outra coisa não seria de esperar, visto que Pêra é um dos mais talentosos realizadores nacionais da atualidade), pontuada por um par de boas interpretações (Nuno Melo e o já referido Jorge Corrula são os que mais se destacam pela positiva) que consegue até alguns momentos verdadeiramente hilariantes e só peca por preferir quase sempre o exagero e a parvoíce, desperdiçando o seu potencial e fazendo daquilo que poderia bem ser uma sátira inteligente aos preconceitos e estereótipos que "envenenam" a nossa sociedade hoje em dia, uma comédia meramente simpática, que embora divirta e entretenha do princípio ao fim, sem grande dificuldade, não deixa de ser um bocado oca a nível de conteúdo.
7/10
Miguel Anjos
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