Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2015
Crítica: "Escobar: Paradise Lost" ("Escobar: Paraíso Perdido"), de Andrea Di Stefano Depois de vários anos a trabalhar exclusivamente enquanto ator, o italiano Andrea Di Stefano (que pudemos ver em obras, como "A Vida De Pi"ou "Nove") estreia-se agora na realização com um projeto de enorme ambição (e qualidade), "Escobar: Paraíso Perdido", um retrato do império de droga de Pablo Escobar (1949-1993), visto pelo olhar ingénuo de um surfista canadiano, que se apaixona pela sua sobrinha. Di Stefano vai compondo este seu épico trágico do mundo do crime de forma lenta, metódica e infinitamente cativante, mostrando-se até capaz de tirar o máximo partido do seu elenco, e aqui importa destacar a performance arrepiante de Benicio Del Toro, no papel do narcotraficante. E depois há o "fantasma" de Pablo Escobar, que "assombra" cada cena (mesmo quando Del Toro não está presente) como se de um prenúncio da desgraça que
Crítica: "Son Of A Gun" ("Filho Do Crime"), de Julius Avery Ultimamente, temos vindo a assistir a uma espécie de "nova vaga" do cinema australiano, liderada por cineastas jovens e altamente talentosos, com vontade de produzir películas duras e negras, que estudam a corrupção moral do ser humano e os seus efeitos, exemplos disso são filmes como "The Rover", "Wish You Were Here" (não confundir com "Wish I Was Here" de Zach Braff), "Felony" ou "The Square". Agora, chega às salas portuguesas "Son Of A Gun", a (auspiciosa) estreia na realização de Julius Avery que aborda as mesmas temáticas, mas de uma forma substancialmente diferente. Condenado por um pequeno crime, o jovem JR, de 19 anos, é encarcerado num estabelecimento prisional de alta segurança, onde entra em contacto com as duras realidades da vida na prisão e se vê obrigado a formar uma aliança com Brendan Lynch, o maior criminos
Destaque Da Semana (26/02/2015-04/03/2015): "Son Of A Gun" ("Filho Do Crime"), de Julius Avery
Crítica: "Relatos Salvajes" ("Relatos Selvagens"), de Damián Szifrón Nestes últimos tempos, temos vindo a assistir a uma curiosa ressurgência dos modelos narrativos antológicos (ou seja, história individuais contadas de forma episódica, cuja ligação se prende unicamente a um tema, ou um cenário) tanto no grande ecrã (em obras como "V/H/S" ou "The Abc´s Of Death"), como no pequeno (em séries como "True Detective", "American Horror Story", "Black Mirror", entre outros). Integrado na seleção oficial do Festival de Cannes 2014 e produzido por Pedro Almodóvar, em  "Relatos Selvagens", o cineasta e argumentista Damián Szifrón serve-se desse mesmo modelo para criar uma portentosa análise da fina linha que separa a civilização da barbárie. Tendo por base as angustiantes atribulações várias com as quais nos deparamos diariamente, Szifrón vai-se movendo com notória agilidade por entre a comédia, o thriller
Óscares 2015: Quem vai, pode e/ou deve ganhar Melhor Filme: Os Nomeados: - "American Sniper" ("Sniper Americano") - "Birdman Or (The Unexpected Virtue Of Ignorance)" ("Birdman Ou (A Inesperada Virtude Da Ignorância)") - "Boyhood" ("Boyhood - Momentos De Uma Vida") - "Selma" ("Selma - A Marcha Da Liberdade") - "The Grand Budapest Hotel" - "The Imitation Game" ("O Jogo Da Imitação") - "The Theory Of Everything" ("A Teoria De Tudo") - "Whiplash" ("Whiplash - Nos Limites") Quem Vai Ganhar: "Boyhood", de Richard Linklater Quem Pode Ganhar: "Birdman Or (The Unexpected Virtue Of Ignorance)", de Alejandro González Iñárritu Quem Devia Ganhar: "Boyhood", de Richard Linklater Quem Devia Estar Nomeado: "Foxcatcher", de Bennett Miller Melhor Realizador: Os Nomeados:
Crítica: "Kingsman: The Secret Service" ("Kingsman: Serviços Secretos"), de Matthew Vaugh Caso um dia, James Bond e Kick-Ass (os franchises, não, necessariamente, as personagens) se envolvessem numa relação amorosa (com contornos sexuais notoriamente perversos) da qual resultasse a "gravidez" de um deles, é mais que muito provável que o bebé fosse semelhante a este "Kingsman: Serviços Secretos" uma hilariante e vigorosa sátira/homenagem aos filmes de espiões clássicos, adaptada a partir da BD homónima de Mark Miller. Eggsy (uma performance de incrível humanidade e subtileza do jovem Taron Egerton) é um adolescente problemático que, com a ajuda do seu mentor Harry Hart (um Colin Firth delirante) começa um processo de treino e seleção, de enorme dureza, para ingressar numa organização secreta de espiões, escondida dentro de uma alfaiataria. A partir daí, o que se segue é um contagiante espetáculo cinematográfico, orquestrado com uma mes
Destaque Da Semana (19/02/2015-25/02/2015): "Kingsman: The Secret Service" ("Kingsman: Serviços Secretos"), de Matthew Vaugh
Destaque Da Semana (12/02/2015-18/02/2015): "Fifty Shades Of Grey" ("As Cinquenta Sombras De Grey"), de Sam Taylor Johnson
Crítica: "Selma" ("Selma - A Marcha Da Liberdade"), de Ava DuVernay É triste, mas frequente que por esta altura à qual chamamos de "época de prémios", certas obras comecem a ser discutidas não pelo seu conteúdo, mas pelas suas hipóteses, ou falta delas de atingir certos prémios. Ora, tal coisa acaba por tornar-se especialmente lamentável na face de uma película como "Selma" de Ava DuVernay, mais que um mero biopic  um importantíssimo acontecimento cinematográfico que revisita um episódio fulcral da história da luta pelos direitos civis, com uma "garra" e intensidade que fazem o seu visionamento tão entusiasmante como revoltante. No sul americano, ainda segregado dos anos 60 após uma explosão matar quatro crianças numa igreja do Alabama, Martin Luther King "serve-se", digamos assim, da indignação que tal selvajaria causou junto ao público para avançar na sua batalha pelo reconhecimento dos negros americanos como cid
Destaque Da Semana (05/02/2015-11/02/2015): "Selma" ("Selma - A Marcha Da Liberdade"), de Ava DuVernay
Crítica: "Whiplash" ("Whiplash - Nos Limites"), de Damien Chazelle O que é afinal o chamado "cinema espectáculo"?  Para a maioria da população, o termo parece referir-se única e exclusivamente ao "amontoar de efeitos visuais" presente na maioria dos blockbusters multimilionários que hoje em dia dominam a produção cinematográfica da indústria americana  (o que, atenção, não é, de modo algum, um insulto a este género de películas)  . Mas, pergunto eu, será que o espectáculo cinematográfico se limita a esse tipo de obras? Mas é claro que não! E para o provar está aqui esta fonte de pura adrenalina que é "Whiplash - Nos Limites" uma longa-metragem em crescendo que vai avançando a um ritmo enervante até um clímax brutal e catártico ao nível da melhor tragédia grega. Andrew (Miles Teller, numa performance de grande complexidade emocional) é um jovem solitário e desajustado,  com a ambição de um dia vir a ser um baterista mítico ao