Crítica: "Prisioneira", de Atom Egoyan
Título Original: "The Captive"
Realização: Atom Egoyan
Género: Crime, Drama, Mistério
Duração: 112 minutos
Possivelmente o mais amado dos cineastas canadianos, Atom Egoyan (realizador de fitas como "Exótica", "O Futuro Radioso" ou "Adoração") regressa às salas de cinema dois anos depois do pouco visto "Devil's Knot - Os Condenados" (que por cá foi lançado directamente para VOD), com um filme monumental: "Prisioneira" (título original: "The Captive") um thriller psicológico enigmático e absorvente, de uma tensão sufocante, ancorado por um elenco em topo de forma (Ryan Reynolds e Mireille Enos, como pais desesperados, são um destaque óbvio), que funciona como uma análise perspicaz e inquietante da forma como o voyeurismo se têm vindo a tornar parte integrante do quotidiano do cidadão comum, quer pela rapidez e facilidade no acesso a sites pornográficos ou a vídeos violentíssimos (que diariamente se tornam fenómenos virais no Youtube), como pela possibilidade que hoje temos de entrar e sair livremente da vida de outros (ou até de expor a nossa) através de redes sociais como o Facebook, o Twitter ou o Instagram, sem que compreendamos as ramificações que uma simples fotografia ou um mero comentário podem exercer. E no fim Egoyan deixa no ar uma questão: Será que numa altura em que comunicamos através de janelas virtuais, também nós estamos a ser vigiados?
Miguel Anjos
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