Crítica: "Mundo Jurássico", de Colin Trevorrow
Parque Jurássico
III (2001) foi uma desilusão
enorme para muita gente. E, nos anos, que se seguiram ao lançamento comercial
do malogrado terceiro capítulo (lembremo-nos, que o segundo já não tinha sido
bem-recebido), Spielberg nunca mais voltou mostrar vontade de regressar ao
universo cinematográfico em causa. No entanto, uma quarta aventura não se
tornou nunca, num projeto impossível, mantendo-se eternamente em discussão, com
a Universal Pictures ativamente a procurar um cineasta, que conseguisse
convocar uma das franchises mais influentes de todos os tempos, sem cair no
desapontamento, que foram as sequelas. Catorze anos, muitos rumores,
movimentações de bastidores, autores cortejados pelo estúdio e, intérpretes
referidos para o elenco depois, estreia o resultado desse historial de
produção: Mundo Jurássico. Uma
realização do fascinante Colin Trevorrow, que havia assinado apenas uma
longa-metragem antes deste blockbuster
(um belíssimo indie, nunca lançado
por cá, de nome Safety Not Guaranteed),
com protagonismo da maior movie star
emergente do panorama contemporâneo, Chris Pratt, que nunca tocando na
magnificência do original, se apresenta como uma excelente entrada no cânone,
que Spielberg iniciou e, nunca soube continuar. Novamente, tocando na temática
central destas histórias, a relação entre o homem e a natureza, Trevorrow
constrói um espetáculo visual requintado (residem aqui, algumas das mais
impressionantes sequências de ação do quarteto de fitas), que não perde de
vista a importância do labor dos atores, entre os quais se destacam Jake
Johnson, num curto, mas divertido papel e, num já mencionado Pratt, que, na
sequência, do sucesso retumbante de Guardiões
de Galáxia, continua a provar-se como uma presença magnética talhada para
este estilo de produções de grande orçamento.
7/10
Miguel Anjos
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