Crítica: "À Prova de Fogo", de Jean-Baptiste Léonetti
Argumento: Stephen Susco
Género: Thriller
Duração: 91 minutos
Depois de assinar o drama "Carré blanc" (2011), no seu país de origem, o cineasta gaulês Jean-Baptiste Léonetti faz a sua estreia a filmar em inglês com este "À Prova de Fogo" (título original: "Beyond the Reach"), um thriller intenso e visceral (reminiscente do cinema de Sam Peckinpah), que narra a história de John Madec (o sempre fiável Michael Douglas, que também produz o filme), um arrogante empresário e exímio caçador que contrata Ben (a estrela em ascenção, Jeremy Irvine), um jovem guia que o conduzirá até ao deserto americano, em busca da sua "máxima glória". Porém, algo corre mal e o empresário acaba por matar um homem inocente e a partir desse momento, inicia-se um "jogo de gato e rato" assim que o guia se nega a participar na ocultação do caso. Baseado no livro "Deathwatch" (1972), de Robb White, "À Prova de Fogo" é um filme trabalhado com mestria, de uma tensão sufocante, sobre o lado negro do ser humano, aqui representado pelo prazer absurdo e perverso, do um caçador furtivo magistralmente interpretado por Michael Douglas.
Léonetti tem aqui uma excelente segunda obra e poderá ser um novo talento a ter em conta no futuro. Até lá, estamos perante uma grande surpresa que merece ser descoberta.
Miguel Anjos
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