Crítica: "Good Kill" ("Morte Limpa"), de Andrew Niccol
Andrew Niccol, o argumentista do magnífico "The Truman Show - A Vida em Directo", regressa à ideia do controlo omnipotente com este "Morte Limpa" (título original: "Good Kill"), um thriller dramático (baseado em factos verídicos) intenso e angustiante, cuja narrativa gira em redor de um ex-piloto de caça (magnífico Ethan Hawke, o ator "fetiche" de Niccol) que voou um F-16, no Iraque e no Afeganistão, e que atualmente combate os Talibans por controle remoto, manobrando um drone durante 12 horas por dia, a partir de uma cabine com ar condicionado, a 7.000 milhas de distância, numa base perto de Las Vegas. A partir daí, Niccol (que também assina o argumento), desenvolve uma teia dramática provocadora, que explora de forma exímia a "nova esquizofrenia da guerra". Passado em 2010, durante a maior escalada de ataques áereos com drones, "Morte Limpa" é um retrato explosivo e direto dos conflitos e dilemas morais, postos em causa pela utilização desta nova tecnologia.
9/10
Miguel Anjos
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