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Crítica: "Insidious: Chapter 3" ("Insidious: Capítulo 3"), de Leigh Whannell



Realização: Leigh Whannell
Argumento: Leigh Whannell
Elenco: Dermot Mulroney, Stefanie Scott, Lin Shaye, Hayley Kiyoko, Leigh Whannell, Angus Sampson
Género: Terror
Duração: 97 Minutos
Classificação Etária: M/16
Data De Estreia (Portugal): 06/08/2015
Facebook Oficial | Site Oficial | IMDB

A colaboração entre James Wan e Leigh Whannell tem vindo a criar propostas bastante interessantes dentro do género do terror, ao longo dos últimos onze anos. Goste-se ou não de "Saw - Enigma Mortal" (e das suas muitas sequelas), é indiscutível o papel que desempenhou na dinamização do torture porn e a influência que teve em alguns filmes de terror desde então. Com "Insidious" deram origem a uma saga que funcionava como uma homenagem aos mais variados clássicos do cinema de terror como "Carnival of Souls" (1962) ou "The Shining" (1980).


Neste terceiro capítulo, James Wan "saltou" da direção (para dirigir "Velocidade Furiosa 7", embora se mantenha enquanto produtor do filme) e Leigh Whannell teve a difícil tarefa de assumir o papel triplo de ator, argumentista e realizador, naquela que é a sua primeira longa-metragem. Optou por fazer uma prequela, que acompanha a psíquica Elise Rainier (Lin Shaye, lenda viva do cinema de horror norte-americano), que aceita relutantemente ajudar uma adolescente (Stefanie Scott, pequena revelação) que tem sido vítima de uma perigosa entidade sobrenatural. É a partir desta moldura que Whannell constrói com este terceiro capítulo, um filme perturbador (mas pontuado por uma curiosa dose de sentido de humor), repleto de sustos arrepiantes acompanhados por uma banda sonora apropriadamente sinistra (da autoria de Joseph Bishara, outro "veterano" do cinema de terror, que também aparece na obra enquanto ator) e um argumento bem escrito.

Classificação: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10
Texto de Miguel Anjos

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