Crítica: "Lost River" ("O Rio Perdido"), de Ryan Gosling
Realização: Ryan Gosling
Argumento: Ryan Gosling
Elenco: Christina Hendricks, Iain De Caestecker, Matt Smith, Saoirse Ronan, Ben Mendelsohn, Eva Mendes, Reda Kateb, Barbara Steele
Género: Drama, Fantasia, Mistério
Duração: 95 Minutos
Data De Estreia (Portugal): 17/09/2015
Facebook Oficial | Site Oficial | IMDB
Realização: Ryan Gosling
Argumento: Ryan Gosling
Elenco: Christina Hendricks, Iain De Caestecker, Matt Smith, Saoirse Ronan, Ben Mendelsohn, Eva Mendes, Reda Kateb, Barbara Steele
Género: Drama, Fantasia, Mistério
Duração: 95 Minutos
Data De Estreia (Portugal): 17/09/2015
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"The wolves... if they're not already at your door... they're gonna be there very fuckin' soon."
Ryan Gosling, jovem ator canadiano conhecido pelos seus papéis em obras marcantes como "Drive - Risco Duplo" ou "Só Deus Perdoa", faz a sua estreia enquanto cineasta com aquele que é, desde já, um dos grandes acontecimentos cinematográficos de 2015: "O Rio Perdido" ("Lost River", no original), uma experiência invulgar, algures na fronteira entre realismo e fantástico. A história tem como pano de fundo uma cidade em vias de desaparecer (o realizador inspirou-se em Detroit para projeto), e segue Billy (Christina Hendricks), uma mãe solteira de dois filhos, quer ficar onde está, mas precisa urgentemente de arranjar dinheiro para manter a casa de família e assim aceita a proposta de uma discoteca decadente, onde conhece a misteriosa Cat (Eva Mendes). Porém, sem saber acaba por colocar a sua vida e a da família em perigo. Com o filho mais velho, Bones (Iain de Caestecker), a aceitar esta situação com violência, a única réstia de esperança para uma nova vida parece surgir quando Bones descobre uma misteriosa estrada secreta no meio de um rio que conduz a uma cidade debaixo de água.
A meio caminho entre David Lynch e Nicolas Winding Refn (um cineasta com quem Gosling, colabora frequentemente), "O Rio Perdido" é um filme imenso, tão imenso que quase não cabe na tela. Tão imenso, que precisa de se socorrer de outros filmes, igualmente imensos, para que possa existir. Tão imenso, que quando acaba "sai" da sala com o espetador, como se de um fantasma se tratasse. Belo, tocante, enigmático e perturbador, todos estes adjetivos não fazem justiça à sua magnitude. Enfim, uma prodigiosa obra-prima.
Classificação: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10
Texto de Miguel Anjos
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