Crítica: "Profissionais da Crise", de David Gordon Green
Título Original: "Our Brand Is Crisis"
Realização: David Gordon Green
Argumento: Peter Straughan
Elenco: Sandra Bullock, Billy Bob Thornton, Anthony Mackie, Joaquim de Almeida
Género: Comédia, Drama
Duração: 107 minutos
País: EUA
Ano: 2015
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 19/11/2015
Facebook Oficial | Site Oficial | IMDB
Título Original: "Our Brand Is Crisis"
Realização: David Gordon Green
Argumento: Peter Straughan
Elenco: Sandra Bullock, Billy Bob Thornton, Anthony Mackie, Joaquim de Almeida
Género: Comédia, Drama
Duração: 107 minutos
País: EUA
Ano: 2015
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 19/11/2015
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Realizador de títulos como "Prince Avalanche" e "Joe", o norte-americano David Gordon Green aborda, agora, os bastidores de uma campanha eleitoral em "Profissionais da Crise" (título original: "Our Brand Is Crisis"), uma sátira política inteligente e bastante atual (não estivéssemos também nós a viver um conturbado período pós-eleitoral), sustentado pelo trabalho de três excelentes atores (Sandra Bullock, Billy Bob Thornton, e Joaquim de Almeida). Baseado no documentário homónimo assinado por Rachel Boynton, em 2005, o filme gira em torno de Jane Bodine (Sandra Bullock, aqui a executar drama e comédia, com deleitosa facilidade), uma consultora de campanha conhecida tanto pela genialidade como pelas suas estratégias pouco ortodoxas, que é contratada para trabalhar para Pedro Castillo (fortíssimo desempenho do português Joaquim de Almeida), um candidato à presidência de um país da América do Sul. Só que, as coisas complicam-se quando Jane percebe que para ganhar terá de enfrentar o seu maior rival, o repulsivo Pat Candy (memorável Billy Bob Thornton), o líder da estratégia da oposição. Gordon Green e o argumentista Peter Straughan constroem uma obra ácida, que tem tanto de hilariante como de inquietante (algo que é evidenciado pelo final trágico onde as ilusões que nos são vendidas ao longo do filme se diluem para dar lugar a uma realidade que é tudo menos idílica), sobre as falhas da democracia e os consequentes efeitos entre a população, como a pobreza e a injustiça, e no fim, a esperança morre simplesmente, porque nada mudará enquanto a matriz que rege qualquer país não for alterada. Não inova em nada (nem precisava de o fazer, já agora), mas provoca o pensamento no seu espetador e essa é uma dimensão importantíssima do cinema, que não pode nunca ser subvalorizada.
Classificação: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10
Texto de Miguel Anjos
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