Avançar para o conteúdo principal
Crítica: "Da Série Divergente: Convergente", de Robert Schwentke




Título Original: "The Divergent Series: Allegiant"
Realização: Robert Schwentke
Argumento: Noah OppenheimAdam CooperBill Collage
Elenco: Shailene WoodleyZoë KravitzNaomi WattsTheo JamesMiles TellerJeff DanielsAnsel ElgortBill Skarsgård
Género: Ação, Aventura, Ficção-Científica
Duração: 121 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuir: Pris Audiovisuais
Classificação Etária: M12
Data De Estreia (Portugal): 10/03/2016


Crítica: Depois do sucesso de "Divergente" e "Insurgente", a franchise baseada na trilogia literária da escritora norte-americana Veronica Roth, continua com este "Convergente", a primeira parte do último tomo da saga (a segunda tem estreia internacional marcada para 9 de Junho de 2017). Desta vez, Tris (Shailene Woodley), Four (Theo James), Christina (Zoë Kravitz), Peter (Miles Teller) e Caleb (Ansel Elgort) tentam fugir para lá dos muros que cercam Chicago. Deixando pela primeira vez a família e a única cidade que alguma vez conheceram. No entanto, uma vez do lado de fora, o grupo é forçado a decidir em quem podem confiar, à medida que uma batalha impiedosa tem início para lá das muralhas de Chicago e ameaça toda a humanidade. O elenco, que mistura intérpretes veteranos com alguns dos mais talentosos jovens atores de Hollywood é ótimo e a realização de Robert Schwentke (que já tinha dirigido "Insurgente") sólida, mas o melhor é o argumento (escrito a seis mãos por Noah Oppenheim, Adam Cooper, Bill Collage) recheado de inspiradas e surpreendentes reviravoltas. Possivelmente, o melhor da série até à data.

Texto de Miguel Anjos

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Destroyer: Ajuste de Contas" O falhanço financeiro de um duo de produções conturbadas (“Aeon Flux” e “O Corpo de Jennifer”) remeteram Karyn Kusama a um silêncio demasiado longo. No entanto, em 2016, reencontrámo-la aos comandos de um filme francamente impressionante. Chamava-se “The Invitation” e convidava-nos a entrar na intimidade fantasmática de um homem que não conseguia ultrapassar um acontecimento traumático que o destruiu. Passou completamente ao lado do circuito comercial, contudo, tornou-se num fenómeno de culto em homevideo e deu visibilidade suficiente à sua autora para lhe permitir filmar com um orçamento mais alto (9 milhões), o apoio de um estúdio interessado em auxiliar cineastas ousados (a Annapurna) e um elenco preenchido por nomes sonantes para filmar o seu magnum opus , ou como diriam os românticos alemães do século XIX a sua Gesamtkunstwerk (“obra de arte total”). Trata-se do conto sanguinolento e melancólico de Erin Bell (Nicole Kidman). Uma
"Clímax", de Gaspar Noé Nos primeiros minutos de “Clímax” é-nos providenciado um plano aéreo de uma mulher ensanguentada a percorrer um mar de neve, eventualmente caindo prostrada no branco e nele se distendendo. É a chamada  god’s eye view , um enquadramento da visão divina, que contempla as minúsculas romagens humanas lá do alto, sempre com indiferença. Essa vista alonga-se, para encontrar uma árvore, numa panorâmica lenta que vai abrindo caminho para o horizonte, orientando-se de tal modo que coloca a rapariga no céu e, por conseguinte, Deus na terra. Ainda não terminaram os segundos iniciais da sexta longa-metragem de Gaspar Noé e o mesmo já declarou que as imagens delirantes a que seremos expostos nos seguintes 95 minutos, se encontraram num intervalo permanente e perturbante entre o olhar distante de um qualquer Deus terreno e a lógica sacralizadora de um artista em busca de sensações viscerais. Caso restem dúvidas, o ecrã é imediatamente apoderado por uma
"Juliet, Nua", de Jesse Peretz Quando uma comédia romântica funciona mesmo muito bem, dão-se dois acontecimentos intrinsecamente interligados. Primeiro, começamos a acreditar nas personagens em causa, e a reconhecermo-nos nelas. Segundo, os apontamentos humorísticos convencem-nos tão bem do ambiente de aparente ligeireza, que somos completamente surpreendidos, quando a narrativa nos confronta com temáticas sérias. Felizmente, “Juliet, Nua” constitui mesmo um desses pequenos milagres. Um olhar, simultaneamente, melancólico e hilariante sobre um trio de indivíduos, que tentam encontrar o melhor caminho possível para a felicidade, dentro das situações francamente complexas, que os “assombram”. Resumindo de maneira necessariamente esquemática, esta é a história de Annie (a sempre confiável Rose Byrne), uma mulher de meia-idade, oriunda de uma pequena vila britânica, daquelas onde nunca nada parece acontecer, que namora com o intelectual Duncan (Chris O’Dowd)