Crítica: "The VVitch: A New-England Folktale", de Robert Eggers
Título Original: "The VVitch: A New-England Folktale"
Realização: Robert Eggers
Argumento: Robert Eggers
Género: Terror, Mistério
Duração: 92 minutos
País: EUA | Reino Unido | Canadá | Brasil
Ano: 2015
É um dos filmes mais falados (e aclamados) do 2016 e, numa demonstração de serviço público, o Indielisboa trá-lo agora até nós: "The VVitch: A New-England Folktale", a assombrosa primeira longa-metragem do norte-americano Robert Eggers (que, no ano passado, lhe valeu o prémio de melhor realizador, no Festival de Sundance). A história tem lugar na Nova Inglaterra do século XVII, onde William e Katherine vivem uma vida cristã e estável com os seus cinco filhos. Porém, quando o mais novo desaparece sem deixar rasto, a família começa a desconjuntar-se e a descer às profundezas da histeria religiosa, da magia negra e da feitiçaria. E, dizer mais seria estragar as muitas surpresas que o filme reserva para o seu espetador, por isso, fiquemo-nos pelos factos e, a esse respeito, importa declarar o óbvio, Eggers construiu, através de um magistral trabalho de encenação e um ritmo deliberadamente lento (e deveras arrepiante), um dos mais assustadores filmes dos século, possivelmente de sempre, o que pode parecer exagero para aqueles que não o viram, mas acreditem não é (os últimos 15-20 minutos são das coisas mais perturbadoras de que há memória). Desenganem-se, portanto, aqueles que pensam que esta é apenas mais uma festa de sustos (aliás, não há um único), "The VVitch: A New-England Folktale" é, isso sim, cinema adulto, tenso, intrigante, que tão depressa não sairá da memória daqueles que tiverem coragem de o ver.
Texto de Miguel Anjos
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