Crítica: "Alice do Outro Lado do Espelho", de James Bobin
Título Original: "Alice in Wonderland: Through the Looking Glass"
Realização: James Bobin
Argumento: Linda Woolverton
Elenco: Johnny Depp, Anne Hathaway, Mia Wasikowska, Helena Bonham Carter, Sacha Baron Cohen
Género: Aventura, Família, Fantasia
Duração: 113 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 25/05/2016
Título Original: "Alice in Wonderland: Through the Looking Glass"
Realização: James Bobin
Argumento: Linda Woolverton
Elenco: Johnny Depp, Anne Hathaway, Mia Wasikowska, Helena Bonham Carter, Sacha Baron Cohen
Género: Aventura, Família, Fantasia
Duração: 113 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 25/05/2016
Não parecendo, já passaram seis anos desde que Tim Burton estreou a sua adaptação do clássico de Lewis Carroll, "Alice No País Das Maravilhas" que, sendo um filme visualmente espantoso, com aquela marca lúgubre que associamos ao cineasta, acabou por deixar um sabor amargo de desilusão (não é à toa que hoje o vemos como parte do seu período mais desinspirado, do qual só se salva o excelente "Frankenweenie", que merecia ter sido mais visto do que foi). Com esta sequela, dirigida pelo britânico James Bobin (mais conhecido pelas últimas duas aventuras cinematográficas dos Marretas), a história é outra, estamos perante uma fita claramente superior, que ao encontrar um equilíbrio entre o espetáculo visual (a componente estética continua irrepreensível) e a habilidade narrativa, consegue suceder onde o seu antecessor falhou. Alice (Mia Wasikowska), passou os últimos anos a seguir as pisadas do pai a navegar pelos mares. Porém, ao regressar a Londres, encontra um espelho mágico que lhe permite voltar ao País das Maravilhas, onde descobre que o seu amigo, o Chapeleiro Louco (Johnny Depp), enfrenta um problema gravíssimo: perdeu a sua excentricidade, depois de descobrir um objeto que o lembra de uma tragédia ligada ao seu passado. Os cenários mágicos aliados aos seus pormenorizados efeitos visuais e a uma extravagante panóplia de elementos secundários de elevada qualidade (que vão desde o bizarro guarda-roupa até ao fabuloso trabalho de caracterização), são destaques óbvios (como já eram no filme de Burton), mas felizmente Bobin demonstra-se capaz de ir mais além, construindo uma narrativa divertida e comovente que se segue com agrado e fascínio.
Texto de Miguel Anjos
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