Crítica: "Love is Strange - O Amor é Uma Coisa Estranha", de Ira Sachs
Título Original: "Love Is Strange"
Realização: Ira Sachs
Argumento: Ira Sachs, Mauricio Zacharias
Elenco: John Lithgow, Alfred Molina, Marisa Tomei
Género: Drama
Duração: 94 minutos
País: EUA | França | Brasil | Grécia
Ano: 2014
Distribuidor: Midas Filmes
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 26/05/2016
Título Original: "Love Is Strange"
Realização: Ira Sachs
Argumento: Ira Sachs, Mauricio Zacharias
Elenco: John Lithgow, Alfred Molina, Marisa Tomei
Género: Drama
Duração: 94 minutos
País: EUA | França | Brasil | Grécia
Ano: 2014
Distribuidor: Midas Filmes
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 26/05/2016
Dois anos depois da sua estreia internacional (cara Midas, lanças filmes ótimos, mas estes atrasos têm de acabar), "Love Is Strange - O Amor é Uma Coisa Estranha", obra-prima de Ira Sachs (cineasta fundamental do novo cinema independente norte-americano que, por razões que a razão não entende, tem vindo a ser alvo de alguma secundarização por parte dos mercados internacionais), chega, finalmente (!), às nossas salas e, como não poderia deixar de ser, é um dos grandes acontecimentos da temporada. Um tocante melodrama (a trazer à memória o cinema de Yasujirō Ozu e Leo McCarey), que acompanha a história de Ben e George (John Lithgow e Alfred Molina, dois atores em estado de graça), que após 39 anos de união, decidem "dar o nó" numa conservatória do registo civil de Manhattan, na sequência da aprovação da lei, que permite o casamento entre homossexuais. Porém, no regresso da lua-de-mel, George é despedido do seu trabalho como professor de coro num colégio católico. Sem economias, o casal vê-se obrigado a deixar o seu apartamento, que sempre partilharam e a recorrer à generosidade dos que lhes são mais próximos. Os atores são magníficos e Sachs (que, para além de dirigir também assina o argumento, em conjunto com o seu colaborador habitual Mauricio Zacharias) volta a provar-se como um observador atento (e notável encenador) das mais delicadas convulsões humanas. Assim, estamos perante um exemplo brilhante de um cinema de invulgar pulsar intimista, com uma delicadeza e sinceridade comoventes, além disso, tem uma reta final belíssima onde se incluem, no mínimo, dois fabulosos (mágicos até) momentos de cinema, que encerram uma obra já de si extraordinária com "chave de ouro".
Texto de Miguel Anjos
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