Avançar para o conteúdo principal
Crítica: "Angry Birds - O Filme", de Clay Kaytis, Fergal Reilly


Título Original: "The Angry Birds Movie"
Realização: Clay KaytisFergal Reilly
Argumento: Jon Vitti
Elenco: Jason SudeikisJosh GadDanny McBrideMaya RudolphBill HaderPeter DinklageSean PennKeegan-Michael KeyKate McKinnon
Género: Animação, Ação, Comédia
Duração: 97 minutos
País: EUA | Finlândia
Ano: 2016
Distribuidor: Big Picture
Classificação Etária: M/6
Data de Estreia (Portugal): 01/06/2016

Seja durante aulas, palestras, no dia da defesa nacional ou em casas de banho (segundo essa maravilhosa fonte de informação que é a internet, há mesmo muita gente que o faz e, por aqui, não julgamos ninguém por isso), já toda a gente jogou (provavelmente, mais do que uma vez) Angry Birds, o incrivelmente viciante jogo com que os bons senhores da empresa finlandesa Rovio nos abençoaram há sete anos atrás. Pois bem, agora e, porque vivemos num planeta em que tudo o que tem êxito é adaptado ao cinema, chega às salas o filme que transpõe a já famosa rivalidade entre os pássaros que não voam e os porcos acéfalos que querem roubar e comer os seus ovos. O resultado? Uma hilariante comédia de animação, repleta de diálogos cómicos (onde abundam trocadilhos relacionados com aves) e referências deveras inteligentes e bem colocadas ("Shining", por exemplo, serve de inspiração a uma sequência absolutamente brilhante), que tem tanto (talvez, até mais) apelo para adultos como para crianças. Venha a sequela!

Texto de Miguel Anjos

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Destroyer: Ajuste de Contas" O falhanço financeiro de um duo de produções conturbadas (“Aeon Flux” e “O Corpo de Jennifer”) remeteram Karyn Kusama a um silêncio demasiado longo. No entanto, em 2016, reencontrámo-la aos comandos de um filme francamente impressionante. Chamava-se “The Invitation” e convidava-nos a entrar na intimidade fantasmática de um homem que não conseguia ultrapassar um acontecimento traumático que o destruiu. Passou completamente ao lado do circuito comercial, contudo, tornou-se num fenómeno de culto em homevideo e deu visibilidade suficiente à sua autora para lhe permitir filmar com um orçamento mais alto (9 milhões), o apoio de um estúdio interessado em auxiliar cineastas ousados (a Annapurna) e um elenco preenchido por nomes sonantes para filmar o seu magnum opus , ou como diriam os românticos alemães do século XIX a sua Gesamtkunstwerk (“obra de arte total”). Trata-se do conto sanguinolento e melancólico de Erin Bell (Nicole Kidman). Uma
"Clímax", de Gaspar Noé Nos primeiros minutos de “Clímax” é-nos providenciado um plano aéreo de uma mulher ensanguentada a percorrer um mar de neve, eventualmente caindo prostrada no branco e nele se distendendo. É a chamada  god’s eye view , um enquadramento da visão divina, que contempla as minúsculas romagens humanas lá do alto, sempre com indiferença. Essa vista alonga-se, para encontrar uma árvore, numa panorâmica lenta que vai abrindo caminho para o horizonte, orientando-se de tal modo que coloca a rapariga no céu e, por conseguinte, Deus na terra. Ainda não terminaram os segundos iniciais da sexta longa-metragem de Gaspar Noé e o mesmo já declarou que as imagens delirantes a que seremos expostos nos seguintes 95 minutos, se encontraram num intervalo permanente e perturbante entre o olhar distante de um qualquer Deus terreno e a lógica sacralizadora de um artista em busca de sensações viscerais. Caso restem dúvidas, o ecrã é imediatamente apoderado por uma
"Juliet, Nua", de Jesse Peretz Quando uma comédia romântica funciona mesmo muito bem, dão-se dois acontecimentos intrinsecamente interligados. Primeiro, começamos a acreditar nas personagens em causa, e a reconhecermo-nos nelas. Segundo, os apontamentos humorísticos convencem-nos tão bem do ambiente de aparente ligeireza, que somos completamente surpreendidos, quando a narrativa nos confronta com temáticas sérias. Felizmente, “Juliet, Nua” constitui mesmo um desses pequenos milagres. Um olhar, simultaneamente, melancólico e hilariante sobre um trio de indivíduos, que tentam encontrar o melhor caminho possível para a felicidade, dentro das situações francamente complexas, que os “assombram”. Resumindo de maneira necessariamente esquemática, esta é a história de Annie (a sempre confiável Rose Byrne), uma mulher de meia-idade, oriunda de uma pequena vila britânica, daquelas onde nunca nada parece acontecer, que namora com o intelectual Duncan (Chris O’Dowd)