Crítica: "Jason Bourne", de Paul Greengrass
Título Original: "Jason Bourne"
Realização: Paul Greengrass
Argumento: Paul Greengrass, Christopher Rouse
Elenco: Matt Damon, Tommy Lee Jones, Alicia Vikander
Género: Ação, Thriller
Duração: 123 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/12
Data de Estreia (Portugal): 28/07/2016
Título Original: "Jason Bourne"
Realização: Paul Greengrass
Argumento: Paul Greengrass, Christopher Rouse
Elenco: Matt Damon, Tommy Lee Jones, Alicia Vikander
Género: Ação, Thriller
Duração: 123 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/12
Data de Estreia (Portugal): 28/07/2016
Crítica: Há quase uma década que (isto, porque não parecendo, já lá vão nove anos desde que "Ultimato" chegou às salas) Matt Damon anda a dizer que o seu regresso ao universo de Jason Bourne era uma possibilidade, mas não uma certeza e, que tal iria sempre estar dependente do interesse do cineasta Paul Greengrass (autor do segundo e terceiro filmes da saga) e, da existência de uma nova história que valesse a pena contar. Eventualmente, a dupla viu numa série de acontecimentos recentes (o caso Edward Snowden, a título de exemplo, é referido logo nos primeiros minutos), que alteraram a sociedade moderna (e, a perspetiva que se tinha da mesma) significativamente, um ponto de partida promissor para voltar à personagem, originalmente, criada pelo escritor Robert Ludlum. Assim, este Bourne vive num mundo que nada tem a ver com aquele que habitava em 2007, o mundo da vigilância, dos gigantes das redes sociais e da crise económica (veja-se a forma curiosa e inteligente como os protestos na Grécia, são condensados na intriga), onde continua a tentar reconstruir o seu passado e, escapar à perseguição incessante da CIA. Greengrass, sempre com a câmara nervosa na mão, comprova uma vez mais a sua capacidade invulgar para combinar bombásticas sequências de ação (como aquela perseguição em Las Vegas, que está destinada a tornar-se icónica) com comentário político, sendo esta, afinal, uma história que ousa abordar temas, que ainda são verdadeiros tabus nos dias que correm, especialmente, os abusos de poder e crimes do Estado. Entretenimento adulto, com tanto de cerebral como de eletrizante e, escusado será dizer que Matt Damon continua um ator de primeiríssima linha e, que a sua interpretação como Bourne, que tem vindo a ser refinada de filme para filme, atinge aqui um novo ponto alto.
Texto de Miguel Anjos
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