Crítica: "Nem Respires", de Fede Alvarez
Título Original: "Don't Breathe"
Realização: Fede Alvarez
Argumento: Fede Alvarez, Rodo Sayagues
Elenco: Jane Levy, Dylan Minette, Daniel Zovatto, Stephen Lang
Género: Terror, Thriller
Duração: 88 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: Big Picture Films
Classificação Etária: M/16
Data de Estreia (Portugal): 08/09/2016
Título Original: "Don't Breathe"
Realização: Fede Alvarez
Argumento: Fede Alvarez, Rodo Sayagues
Elenco: Jane Levy, Dylan Minette, Daniel Zovatto, Stephen Lang
Género: Terror, Thriller
Duração: 88 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: Big Picture Films
Classificação Etária: M/16
Data de Estreia (Portugal): 08/09/2016
Crítica: Num ano em que boa parte dos blockbusters de verão, acabaram por se revelar fracassos comerciais (muitos obtiveram resultados excelentes nas bilheteiras internacionais, mas é complicado conseguir lucros, com orçamentos exorbitantes), os filmes mais rentáveis da temporada acabaram por ser também os mais ousados. Exemplo disso, é "Nem Respires" a segunda longa-metragem do uruguaio Fede Alvarez (depois de um remake fabuloso do clássico "A Noite dos Mortos-Vivos"), que surpreendeu o público e crítica e se tornou, em simultâneo, num dos mais bem-sucedidos (já fez 87 milhões de dólares, num orçamento de apenas 10 milhões). Nele, somos transportados para uma América dizimada pela crise económica (a ação tem lugar num bairro degradado de Detroit), onde um grupo de jovens sem perspetivas de futuro invadem a casa de um homem cego durante a noite, de modo a roubar uma elevada maquia que este guarda num cofre. Porém, nada corre como seria de esperar e, um suposto assalto fácil torna-se numa noite infernal. À semelhança do que já acontecia na fita anterior, Alvarez começa por desenvolver as suas personagens e criar um sentido de atmosfera que não dá tréguas, culminando em 88 minutos de pura tensão, alicerçados num quarteto de atores primoroso (Jane Levy, a musa de Alvarez é, de caras, a mais impressionante, mas não há como esquecer o veterano Stephen Lang naquela que é facilmente a melhor interpretação da sua carreira). Em conclusão, um fabuloso jogo de silêncio e escuridão (com ecos de Hitchcock) coordenado por um mestre. Cinema a sério? É isto.
Texto de Miguel Anjos
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