Crítica: "Green Room", de Jeremy Saulnier
Realização: Jeremy Saulnier
Argumento: Jeremy Saulnier
Elenco: Imogen Poots, Patrick Stewart, Alia Shawkat, Anton Yelchin, Mark Webber, Joe Cole, Eric Edelstein, Macon Blair, Callum Turner, Kai Lennox, David W. Thompson
Género: Terror/Thriller
Duração: 94 Minutos
País: EUA
Ano: 2015
Distribuidor: Films4You
Classificação Etária: M/18
Data de Estreia (Portugal): 27/10/2016
Realização: Jeremy Saulnier
Argumento: Jeremy Saulnier
Elenco: Imogen Poots, Patrick Stewart, Alia Shawkat, Anton Yelchin, Mark Webber, Joe Cole, Eric Edelstein, Macon Blair, Callum Turner, Kai Lennox, David W. Thompson
Género: Terror/Thriller
Duração: 94 Minutos
País: EUA
Ano: 2015
Distribuidor: Films4You
Classificação Etária: M/18
Data de Estreia (Portugal): 27/10/2016
Crítica: Passaram dois anos desde que Jeremy Saulnier nos deixou boquiabertos com esse filme monumental que dava pelo nome de "Ruína Azul" (tragicamente, ignorado aquando da sua estreia comercial no nosso país) e, a verdade é que as saudades já se começavam a fazer sentir. Felizmente, a Films4You ouviu as preces dos cinéfilos portugueses e decidiu pegar na sua mais recente longa-metragem (que, lembremo-nos já havia cativado muitos na edição de 2015 do MOTELx): "Green Room", uma "fita de cerco" (na senda do "Assalto à 13ª Esquadra", de Carpenter) de perturbante intensidade, que segue a história de uma banda punk (os Ain’t Rights), em digressão pelos Estados Unidos que aceitam tocar numa sala de espetáculos isolada nos bosques do Oregon. Porém, uma vez lá deparam-se com um cenário de extrema violência e, quando dão por ela estão metidos num grave conflito com um grupo sanguinolento de neonazis. Muito apoiado nas interpretações naturalistas e bastante credíveis dos seus atores, auxiliados pelo sereno trabalho de edição, que joga com a claustrofobia e os exteriores na perfeição do início ao fim, e claro está pelo próprio Saulnier que é todo um mestre na construção de personagens e ambientes. Porém, acima de tudo aquilo que o diferencia de todos os outros que por aí andam a trabalhar o género (e não só) é a genuína reverencia que sente pelas pessoas que habitam os universos por si construídos, onde já sabemos a violência e a morte estão sempre presentes e, Saulnier sabe usá-las como ferramentas narrativas, que estão lá para providenciar à experiência uma intensidade quase insuportável. Porquê insuportável? Porque, também nós estamos genuinamente enamorados por estas personagens e, isso faz toda a diferença.
Texto de Miguel Anjos
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