Crítica: "Ouro", de Stephen Gagan
Título Original: "Gold"
Realização: Stephen Gagan
Género: Aventura, Drama, Thriller
Duração: 120 minutos
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/14
Data de Estreia (Portugal): 02/03/2017
Matthew McConaughey transformou-se num daqueles atores de método com uma fome insaciável por personagens que exijam um compromisso físico que muitos colegas veriam como sendo incomportável. Em Ouro, engordou (segundo o mesmo, atingiu os 95k) e, foi recorrer a um penteado pouco ou nada elogioso (num exímio trabalho de caracterização, onde nem faltou um dente falso) para interpretar um empresário desesperado, que viaja para a Indonésia nos anos 80, na esperança de construir uma aliança com Mike Acosta (o enorme Edgar Ramírez, com aquele charme de estrela de cinema clássica), um prospetor venezuelano com quem encontra um imenso filão de ouro, só que mesmo esta promessa de paraíso se revela assombrada por problemas inesperados. É mais uma história verídica que pretende desconstruir o misticismo que rodeia o chamado "Sonho Americano" e, fá-lo muitíssimo bem, graças a um cineasta perspicaz (Stephen Gagan, autor do maravilhoso Syriana, que valeu a George Clooney um Óscar) e, um impecável trabalho da dupla central de atores que comandam a nossa atenção durante estas duas prazerosas horas. Ficou de fora na época de prémios (conseguiu apenas uma nomeação nos Globos de Ouro) e agora chega ao nosso país, resta esperar que haja público para uma das melhores surpresas do ano, até agora.
8/10
Texto de Miguel Anjos
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