Crítica: "Kong: Ilha da Caveira", de Jordan Vogt-Roberts
Título Original: "Kong: Skull Island"
Realização: Jordan Vogt-Roberts
Argumento: Dan Gilroy, Max Borenstein, Derek Connolly
Elenco: Tom Hiddleston, Samuel L. Jackson, Brie Larson, John C. Reilly, John Goodman, Corey Hawkins
Género: Ação, Aventura, Fantasia
Duração: 118 minutos
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/12
Data de Estreia (Portugal): 09/03/2017
Jordan Vogt-Roberts é um cineasta oriundo da área mais classicamente independente da cinematografia norte-americana contemporânea, tendo a sua primeira longa (Os Reis do Verão) constituído um dos maiores acontecimentos de Sundance em 2013, porém desde então, Hollywood parece andar crescentemente mais enamorada com o seu trabalho, ou não fosse esta ansiosamente antecipada reinvenção do lendário King Kong (e, como será mais ou menos óbvio do universo cinematográfico de monstros em que encaixa), apenas o primeiro de muitos blockbusters já agendados em que estará envolvido (a caminho está uma adaptação do videojogo Metal Gear Solid). E, faz todo o sentido que assim seja, visto que encontramos em Kong: Ilha da Caveira, um espetáculo cinematográfico capaz de nos deslumbrar como poucos o fazem, nem que seja unicamente pela maneira como convoca e brinca com referências cinematográficas assumidamente emblemáticas (metade da fita é um cruzamento demente entre O Resgate do Soldado Ryan com uma espécie de versão mutante de Sexta-Feira 13, onde nem falta um "piscar de olho" a Holocausto Canibal) ao mesmo tempo que vai alimentando uma inesperada componente de crítica sociopolítica, que resulta num dos melhores pedaços de cinema pipoca que Hollywood teve a simpatia de nos oferecer desde que Guillermo Del Toro filmou Pacific Rim.
9/10
Texto de Miguel Anjos
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