Crítica: "Guardiões da Galáxia Vol. 2", de James Gunn
Título Original: "Guardians of the Galaxy Vol. 2"
Realização: James Gunn
Argumento: James Gunn
Elenco: Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista, Bradley Cooper, Vin Diesel, Michael Rooker, Kurt Russell
Género: Ação, Aventura, Ficção-Cientifica
Duração: 136 minutos
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/12
Data de Estreia (Portugal): 27/04/2017
Quando o nome de James Gunn (cineasta oriundo da área mais independente da produção norte-americana) foi confirmado como a escolha dos estúdios Marvel/Disney para assinar Guardiões da Galáxia (2014), muitos receberam a notícia com um cruzamento de choque e confusão. Choque, porque só muito raramente vemos um autor, dono de uma obra assim tão singular à frente de um blockbuster e, confusão, porque mesmo com uns trabalhinhos como argumentista e duas longas-metragens de culto no currículo, Gunn continuava a ser uma figura relativamente obscura, que a maioria conhecia única e exclusivamente através da sua reputação. Mas, o filme correu mesmo muito bem, tornando-se numa das aventuras mais curiosas da história do universo cinematográfico Marvel e, tornando o realizador na estrela, que os admiradores mais dedicados sempre souberam que poderia vir a ser. E, uns três anos passados reencontramos o quarteto de marginais, tornados heróis, nesta sequela apostada em recuperar a magia do seu predecessor e, seriamos mesmo capazes de declarar que conseguiu mesmo superá-lo. Essencialmente, uma tocante meditação acerca dos laços familiares e, da sua importância no processo de crescimento, com alucinantes sequências de ação (os efeitos visuais, contam-se entre os mais impressionantes do milénio) à mistura na qual Gunn sabiamente coloca às suas sarcásticas personagens, em situações limite, que as forçam a confrontar os fantasmas de um passado, ao qual ainda estão demasiado presos (a banda-sonora deliciosamente retro e, as referências a marcos da cultura pop, continuam imparáveis e hilariantes, mas mesmo esse sentido de humor é mais melancólico desta vez, mais desesperado) e, os momentos decisivos que os tornaram nas pessoas que são. E, que um só blockbuster nos consiga comprovar, que o género ainda pode mesmo ser um lugar para a experimentação e humanismo (além do entretenimento, claro está), merece os mais rasgados elogios que lhe quisermos atribuir.
9/10
Texto de Miguel Anjos
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