Crítica: "Borboleta Negra", de Brian Goodman
Título Original: "Black Butterfly"
Realização: Brian Goodman
Argumento: Marc Frydman, Justin Stanley
Elenco: Antonio Banderas, Jonathan Rhys Meyers, PiperPerabo
Género: Thriller
Duração:
93 minutos
Distribuição:
PRIS Audiovisuais
Classificação
Etária: M/14
Data de
Estreia (Portugal): 08/06/2017
Brian Goodman é um
homem ambicioso. Afinal, quando confrontados com a sua segunda longa-metragem
como cineasta, importará notar, que o conceito em causa, pouco ou nada tem de
simples ou óbvio. Ora vejamos, um thriller, que tanto funciona como uma
aventura enraizada nos códigos do género, como uma desconstrução dos mesmos,
onde as próprias personagens têm longas discussões sobre a estrutura destas
narrativas e, talvez ainda mais importante, acerca da veracidade das mesmas. E,
de facto, esta história de um romancista, sem inspiração, cujos caminhos se
cruzam com os de um nómada misterioso, prende-nos e engana-nos com notável
mestria, durante boa parte de uns económicos 93 minutos. Com uma apuradíssima
construção de tensão, que vai crescendo até se tornar palpável, um belo elenco
(nem falta um cameo de Abel Ferrara,
para deixar o cinéfilo comum, com um bom sorriso na cara). Nesta conjuntura, só
é mesmo pena, que os argumentistas Marc Frydman e Justin Stanley tenham sentido
a necessidade de conceber dois finais, um manifestamente inteligente e
subversivo, que fecha esta sequência de acontecimentos insidiosos com uma chave
de ouro, outro rotineiro e banal, que devia ter sido cortado inteiramente.
Tendo isto dito, ficamos com 90 minutos surpreendentes e bastante recomendáveis
e, assim podemos perdoar os restantes três.
7/10
Texto de Miguel Anjos
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