Crítica: "A Múmia", de Alex Kurtzman
Realização: Alex Kurtzman
Argumento: David Koepp, Christopher McQuarrie, DylanKussman
Elenco: Tom Cruise, Sofia Boutella, Annabelle Wallis,
Jake Johnson
Género: Ação, Aventura, Fantasia, Terror
Duração:
110 minutos
Distribuição:
NOS Audiovisuais
Classificação
Etária: M/14
Data de
Estreia (Portugal): 08/06/2017
Os executivos da Universal Pictures puseram-se a pensar e, daí
nasceu um conceito, com potencial: construir um universo cinematográfico, onde as
maiores estrelas da Hollywood contemporânea (Tom Cruise, Russell Crowe, Johnny
Depp e Javier Bardem, já assinaram contrato) assumam os papéis dos emblemáticos
monstros, que ficamos a conhecer, graças a uma série de clássicos dos anos 30.
E, com uma segunda aventura já anunciada (a estreia está marcada para Fevereiro
de 2019), recebemos, esta semana, o tomo inicial do batizado Dark Universe:
A Múmia, de Alex Kurtzman (o mesmo
senhor, que apadrinhou o reboot da saga Star
Trek e, nos trouxe séries de televisão banalmente esquecíveis como Scorpion ou Hawai Força Especial). Um
cruzamento, entre o ruidoso cinema de aventuras moderno e certos elementos do
terror clássico, que ambiciona reinventar a obra de 1933, como um blockbuster
de grande escala, na linha de um World
War Z, colocando um Cruise mais ou menos diferente do habitual (adotando um
estilo de herói contrariado, como nunca antes), como um soldado amaldiçoado,
por uma múmia, que fora condenada às trevas, depois de ter cometido uma série
de homicídios ritualísticos. Os resultados não primam exatamente pela
consistência narrativa ou tonal (consequência de um argumento trabalhado, por
nada mais, nada menos, do que seis autores), mas Kurtzman consegue conceber um
espetáculo visual de tal modo assombroso (as sequências de ação, são
maravilhosas), que dá vontade de perdoar todas as suas falhas estruturais e,
aceitá-lo como é. Ou seja, um ótimo pedaço de cinema pipoca, sem pretensões,
que só quer mesmo entreter o espetador, durante quase duas horas. E consegue-o,
na perfeição.
7/10
Texto de Miguel Anjos
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