Crítica: "Planeta dos Macacos: A Guerra", de Matt Reeves
Título Original: "War for the Planet of the Apes"
Realização: Matt Reeves
Argumento: Mark Bomback, Matt Reeves
Elenco: Andy Serkis, Woody Harrelson, Steve Zahn, Karin Konoval, Amiah Miller
Género: Drama, Ficção-Cientifica, Ação
Duração:
140 minutos
Distribuidor:
Big Picture Films
Classificação
Etária: M/12
Data de
Estreia (Portugal): 13/07/2017
Reencontramos as
temáticas, que sempre marcaram as maiores e mais icónicas narrativas sobre o
Velho Oeste norte-americano, nomeadamente, a procura de um equilibro moral e
existencial numa terra ainda à procura de um enquadramento legal real e, aquele
combate incessante com uma natureza cruel e inóspita, onde nunca ninguém está
verdadeiramente seguro e, deparamo-nos também com uma mise en scene classicista, que automaticamente desperta memórias de
David Lean. E, desenganem-se, os que pensam, que um blockbuster de verão, nunca
conseguiria evocar tamanha herança, porque o terceiro tomo da franchise Planeta
dos Macacos, assinado por Matt Reeves, é mesmo um épico atmosférico, tocante e
silencioso, como Hollywood já não faz. Novamente, regressando ao amago de um
herói, César (extraordinariamente interpretado por Andy Serkis), que na
sequencia de um evento traumático, que por respeito ao leitor não revelaremos
aqui, se vê consumido pelo mesmo ódio, que causou a guerra em que relutantemente
teve de participar. Reeves, não se coíbe, nem infantiliza as situações
retratadas, construindo um filme seríssimo, permanentemente centrado na jornada
sacrificial de uma personagem, que funciona como uma contundente parábola sobre
a nossa humanidade. Contido em cenas de ação (embora, as poucas sejam
impressionantes), visualmente revolucionário e emocionalmente bombástico, pode
muito bem estar aqui, o melhor blockbuster deste ano.
10/10
Texto de Miguel Anjos
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