Crítica: "Dois é Demais... Ou Talvez Não!" ("Un Profil Pour Deux", de Stéphane Robelin
No panorama
cinematográfico contemporâneo, parece notar-se um movimento emergente focado em
contar histórias relacionadas com o envelhecimento. E, nesse sentido, o gaulês
Stéphane Robelin assume-se como um cineasta particularmente interessante nessa
mesma tradição. Afinal, encontramos nele, um narrador francamente habilidoso,
capaz de evocar uma certa noção de realismo social humilde e sincero, que
subtilmente vai sendo invadida por generosas doses de humor. Nesta sua segunda
longa-metragem (antecedeu-se o muito recomendável E Se Vivêssemos Todos Juntos), encena a complexa relação entre um
viúvo solitário e misantropo, que não abandona a sua casa há dois anos e, um
escritor com pouca sorte, que é contratado para o ensinar a utilizar o computador.
Aulas, que se transfiguram quando o já envelhecido Pierre se apaixona
loucamente por uma jovem mulher com quem trava conhecimento num site de
encontros e, rapidamente lhe propõe um encontro. Ora e, revelar mais detalhes
acerca da narrativa é também correr riscos de estragar as surpresas, que o
argumento brilhantemente construído de Robelin, reservou para os seus
espetadores. E, como tal, reforcemos apenas, que descobrimos aqui uma comédia
de costumes honesta e muitíssima divertida, que lentamente se vai transformando
numa bonita reflexão acerca da solidão e da necessidade de amor.
Realização: Stéphane Robelin
Argumento: Stéphane Robelin
Elenco: Pierre Richard, Yaniss Lespert, Fanny Valette
Género: Drama, Comédia, Romance
Duração:
99 minutos
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