Crítica: "A Torre Negra" ("The Dark Tower"), de Nikolaj Arcel
Emblemático magnum
opus do romancista norte-americano Stephen King, A Torre Negra andou preso num inferno de constantes avanços e
recuos, com cineastas como J.J. Abrams ou Ron Howard a trabalharem em possíveis
versões do argumento durante vários anos (o veterano Howard chegou mesmo a
propor um série televisiva simultânea, que funcionasse como um complemento para
a adaptação cinematográfica), mas finalmente avançou com o francamente
inesperado Nikolaj Arcel aos comandos. Ele, que havia espantado o mundo com uma
longa-metragem simplesmente arrebatadora, que lhe conseguiu uma nomeação aos Óscares
e, colocou o seu nome no panteão de "realizadores emergentes a ter em
conta" para muitos cinéfilos. Os resultados padecem de alguns problemas
narrativos, que pediam uma duração mais extensa (96 minutos é muito pouco, para
um contextualizar um mundo tão vasto como este), mas um elenco imenso, liderado
por um Idris Elba apropriadamente lacónico (lembramo-nos de um jovem Clint
Eastwood, nas suas colaborações com Leone) e um McConaughey em registo
deliciosamente vilanesco e, um par de sequências de ação irrepreensíveis (um
tiroteio num prédio decrépito em Nova Iorque, que funciona enquanto portal para
outros universos, é de antologia) ajudam a ultrapassar quaisquer queixas, que
possamos ter.
Realização: Nikolaj Arcel
Argumento: Akiva Goldsman,
Jeff Pinker, Anders Thomas Jensen, Nikolaj Arcel
Elenco: Idris Elba,
Matthew McConaughey, Nicholas Hamilton
Género:
Aventura, Fantasia
Duração:
95 minutos
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