Crítica: "Só Para Bravos" ("Only The Brave"), de Joseph Kosinski
Tanto nos queixamos do quase
desaparecimento daquele cinema comercial de qualidade, pensado para um público
adulto e inteligente, que Hollywood costumava produzir "como se não
houvesse amanhã", que se torna irónico que quando surge um título assim,
ninguém lhe preste atenção. Ora, esse aparenta ser o caso desta excelente fita
do arquiteto tornado cineasta Joseph Kosinski. Uma homenagem sincera, digna e
genuinamente comovente a um grupo de bombeiros profissionais do Arizona, os
Granite Mountain Hotshots, que em 2013, combateram heroicamente um incêndio,
que deflagrou no coração dos Estados Unidos. Sabiamente, Kosinski, que é
oriundo do mundo dos blockbusters multimilionários, escolheu evitar a
espetacularidade exacerbada (e, demos— lhe mérito, também não se "atirou"
para o sentimentalismo mais banal) e, resolveu dar prioridade as suas
personagens e aos seus problemas quotidianos. Desta forma, em vez de um
"filme catástrofe" ficamos com um retrato militantemente realista dos
muitos sacrifícios de um coletivo de homens, que se apoiavam como uma família.
E, nesse campo, claro está que só ajuda ter um elenco de veteranos, cujos
talentos serão sobejamente conhecidos, como Jeff Bridges, Josh Brolin e,
especialmente, Jennifer Connelly, que no papel da mulher do líder da equipa
central, saí com o filme nas mãos.
Género: Drama
Duração: 134 minutos
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