Crítica: "Um Ritmo Perfeito 3" ("Pitch Perfect 3"), de Trish Sie
Passaram sete anos desde “Um Ritmo Perfeito”, como este
terceiro e último tomo faz questão de nos relembrar de maneira mais ou menos
constante. E, faz sentido, nem que seja só por estarmos perante um dos únicos
exemplos concretos de uma franquia, que se autoconstrui contra as expectativas
do mundo. Afinal, não valerá a pena tentar reescrever a história e argumentar o
contrário, no momento em que os estúdios Universal anunciaram a chegada de uma
comédia sobre o quotidiano de um coro feminino, no liceu, as reações não
traduziam o entusiasmo que se veio a confirmar nas bilheteiras. E, ao olhar
para este término, não haverá como negar que assistimos a um crescimento
notório e francamente admirável. O que outrora era uma pequena produção com
muito para provar, corresponde agora a todo um evento, uma máquina bem-oleada,
que sabe perfeitamente como agradar aos seus milhares de fãs. Nesse sentido,
não só deparamos como uma das mais agradáveis e permanentemente divertidas
comédias de 2017, como de uma prolongação bem engenhosa de um microcosmos a que
nos habituámos a regressar (e, do qual tanto gostamos). Assim, à medida que as
nossas protagonistas viajam até ao continente europeu, voltamos a falar dos
mesmos temas que estas fitas sempre conseguiram abordar com elegância e
requinte. Das pressões sociais à importância da amizade, tudo acompanhado por
um sentido de humor francamente infalível, onde os bons momentos surgem com
frequência e o charme de um elenco como poucos. Como é tradição, o volume da
oferta natalícia é quase assustador (nove longas chegaram às salas, apenas esta
semana), mas aqui residirá mesmo uma das mais aprazíveis opções da temporada.
Realização: Trish Sie
Argumento: Kay Cannon, Mike White
Elenco:
Anna Kendrick, Rebel Wilson, Brittany Snow, Hailee Steinfeld
Género: Comédia
Duração: 93 minutos
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