Crítica:
"A Forma da Água"
Raramente
deparamos com uma longa-metragem, capaz de reunir o consenso do público,
crítica internacional e da indústria americana. No entanto, com “A Forma da
Água”, o mexicano Guillermo del Toro conseguiu essa proeza. Afinal, venceu o
Leão de Ouro em Veneza, fez belíssimos resultados nas bilheteiras e, com as
suas impressionantes 13 nomeações para os Óscares, é encarado como um favorito
mais ou menos definitivo para alcançar a mais cobiçada estatueta do mundo hollywoodesco. E, compreende-se, porque
o enternecedor encontro romântico entre uma mulher muda (Sally Hawkins,
notável) e um ser anfíbio, encontrado na Amazónia, é mesmo um acontecimento
como não vemos de maneira frequente (longe disso). Um inspiradíssimo cruzamento
de géneros, onde transparece a cinefilia de um dos mais peculiares e
fascinantes autores do panorama contemporâneo. Aqui, novamente a trabalhar para
relançar os modelos mais “primitivos”, digamos assim, deste realismo mágico,
que para falar da nossa atualidade, resolve quebrar os padrões do quotidiano e
refugiar-se na mais requintada alegoria.
Realização: Guillermo del Toro
Argumento: Guillermo del Toro, Vanessa Taylor
Elenco: Sally Hawkins, Octavia Spencer, Richard Jenkins,
Michael Shannon, Michael Stuhlbarg, Doug Jones
Género: Romance, Fantasia
Duração: 123 minutos
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