Crítica:
"Gringo"
Nash Edgerton é maioritariamente
conhecido por ser irmão do também ator, argumentista e cineasta Joel Edgerton.
No entanto, o percurso de ambos surgirá inevitavelmente ligado e, a verdade é
que foi o primeiro quem assinou o filme que lançou a carreira destes manos na
indústria americana. Chamava-se “Um Caso Arriscado” e, integrou uma pequena
vaga de sufocantes thrillers australianos, que durante um breve período na
década passada, foi cativando e surpreendo os cinéfilos de todo o mundo.
Assim sendo, quem conhecer essas obras
poderá estranhar ver o australiano aos comandos de uma comédia de ação,
aparentemente, inofensiva, porém debaixo de um bonito véu de ligeireza,
encontramos uma curiosíssima comédia de enganos. Essencialmente, uma sátira
negríssima ao capitalismo desgovernado, que coloca David Oyelowo na pele de um
gestor humilde, que acaba preso no centro de uma sanguinolenta batalha entre
criminosos pouco razoáveis e empresários imorais.
Edgerton empresta um ritmo frenético
aos acontecimentos encenados, garantindo sempre que a fita adquira a mesma
velocidade dos diálogos mordazes e sardónicos, da autoria de Anthony Tambakis e
Matthew Stone, mas quem rouba as atenções são os muitos e muito talentosos
atores. De um Joel Edgerton, meio carismático, meio seboso à Charlize Theron
mais magnética que víamos desde “Mad Max: Estrada da Fúria”. Enfim, uma
surpresa de Páscoa, que pode mesmo contar-se entre as mais recomendáveis
aventuras em exibição.
Realização: Nash Edgerton
Argumento: Anthony Tambakis, Matthew Stone
Elenco: David Oyelowo, Charlize Theron, Joel Edgerton, Amanda Seyfried, Thandie Newton, Sharlto Copley
Género: Comédia, Ação
Duração: 111 minutos
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