Crítica: "Ilha dos Cães" Se os filmes de imagem real do americano Wes Anderson já possuem uma magia que nos apetece associar ao cinema de animação, então o que dizer sobre as suas pontuais aventuras nesse mesmo terreno? “Ilha dos Cães” segue o maravilhoso “O Fantástico Sr. Raposo”, e recoloca o seu autor no panteão dos mais idiossincráticos e interessantes cineastas vivos e, também como um dos poucos genuínos criadores de universos e personagens, que sem a sua galopante imaginação nunca se materializariam. É o caso da belíssima fabula de um menino que parte em busca do seu fiel companheiro canino, numa ilha onde estes animais foram exilados por um cruel presidente, que planeia extingui-los. Estamos mesmo perante um acontecimento monumental, onde a visão simultaneamente amarga e esperançosa que já vamos associando a Anderson, volta a expor um brilhante cineasta que de maneira mais ou menos obsessiva regressa aos seus cenários artificiosos, para encontrar (e nos of