Crítica: "Artemis: Hotel de Bandidos"
Estamos em 2028. Los Angeles assiste aos
motins mais sangrentos da sua história, quando os manifestantes enfrentam uma
crudelíssima força policial privatizada, de modo a exigir um bem demasiado caro
para as massas: água potável. No meio do caos, os irmãos Atkins (Sterling K.
Brown e Brian Tyree Henry), executam um ambicioso assalto a emblemático banco
local. No entanto, as consequências são quase mortais, e os dois acabam no
Artemis, um misto de hotel e hospital, pensado para acolher criminosos que
necessitam de tratamento médico, após “problemas de trabalho”. Premissa
manifestamente sugestiva, que o estreante Drew Pearce transforma num belíssimo
noir contemporâneo, bem na linha do melhor cinema que tem saído na nova geração
coreana (nomes como Bong Joon-ho ou Park-Chan Wook assumem-se como referências
mais ou menos óbvias), propulsionado por diálogos astutos e viciantes, que o
elenco saboreia com notório prazer (Sterling K. Brown, Charlie Day e Jeff
Goldblum, em particular), que sabe construir uma atmosfera de intensidade absolutamente
implacável, e ainda lhe junta uma leve, mas fantasticamente humanista componente
dramática (Jodie Foster tem mesmo alguns dos melhores momentos de toda a sua
carreira). E como dizer não a um filme onde Dave Bautista dá corpo a um
profissional de saúde com coração de ouro, e propensão para a violência
extrema?
Realização: Drew Pearce
Argumento: Drew Pearce
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