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A mostrar mensagens de maio, 2019
"Rocketman", de Dexter Fletcher Há muitos anos que Hollywood ambicionava construir um filme em torno da figura de Elton John. No entanto, o músico exigia um certo nível de controlo. “Não vivi uma vida para menores de 12 anos e quero ser honesto acerca disso.” Disse o mesmo em Cannes, quando “Rocketman” foi apresentado ao público, de certa maneira, referindo-se ao lamentável caso de “Bohemian Rhapsody”, que pintava um retrato nada fiel da vida de Freddy Mercury, pronto a ser comercializado e vendido como um evento para toda a família. Ora, Dexter Fletcher, cineasta de “Rocketman”, evita todas as armadilhas em que o filme de Bryan Singer caia, escolhendo encenar as vivências do cantor britânico como um musical à moda antiga, onde a narrativa se encontra em perfeita comunhão com a sua música. Nesse sentido, deparamo-nos com um objeto estranhamente sedutor que parece existir como um paradoxo. Por um lado, é um exemplo modelar de um certo modelo de cinema espectáculo,
Destaque da Semana: “Rocketman", de Dexter Fletcher Outras Estreias: "A Violação de Recy Taylor", de Nancy Buirski "Godzilla II: Rei dos Monstros", de Michael Dougherty "O Espectro de Sharon Tate", de Daniel Farrands "Segredos do Passado", de George Gallo, Luca Giliberto, Francesco Cinquemani "Verão", de Kirill Serebrennikov "Porque Vivemos", de Hideaki Oba (Exclusivo CinemaCity) "Troll e o Reino de Ervod", de Kevin Munroe, Kristian Kamp
"Brightburn: O Filho do Mal", de David Yarovesky Os super-heróis tornaram-se personagens omnipresentes no panorama contemporâneo. Em teoria, nada contra. No entanto, admitamos que as aventuras produzidas pelos estúdios Marvel e DC Comics tendem a permanecer fiéis a certos modelos narrativos que pouco espaço deixam para a inovação. Nesta conjuntura, precisamos, portanto, de autores inteligentes e habilidosos que consigam propor novas e interessantes variações acerca da temática. Autores como David Yarovesky que, ao encenar a história de um casal de fazendeiros que adota uma criança vinda do espaço sideral, consegue mesmo conceber um sanguinolento e perturbador conto sobre o magnetismo do Mal, tendo como ponto de partida centenas de fitas e livros de banda-desenhada que procuravam exaltar o caráter ético e moral dos seus protagonistas. Isto é, uma subversão de uma literatura Mas, comecemos pelo princípio. Em 2006, Tori (Elizabeth Banks) e Kyle (David Denman) levam
Destaque da Semana: "Brightburn: O Filho do Mal", de David Yarovesky Outras Estreias: "Hotel Mumbai", de Anthony Maras "Billy the Kid: A Lenda", de Vincent D'Onofrio "Aladdin", de Guy Ritchie  "Sai de Baixo: O Filme", de Chris D'Amato "Alma Clandestina", de José Barahona (Exclusivo Cinema Ideal)
"John Wick 3 - Implacável" Aquando do lançamento do primeiro tomo da franquia “John Wick”, ninguém ousaria pensar que algum dia pudessem sequer haver rumores acerca de uma eventual sequela. Afinal, o próprio estúdio pouco ou nada fez por ele. A campanha promocional começou com apenas uma semana de antecedência, não foram organizados visionamentos para os meios de comunicação mais próximos da indústria e os analistas encaravam a fita como estando condenada a tornar-se um fracasso. No entanto, o conto de um assassino profissional reformado e enlutado (encarnado na perfeição por Keanu Reeves) que matou 86 pessoas devido ao homicídio da sua cadela, transformou-se num clássico de culto imediato. Volvidos 5 anos, encontramo-nos agora no terceiro capítulo e se é sobre ele que vamos falar, então, importa começar pelo título. Acontece que, originalmente o subtítulo que a tradução portuguesa escolheu substituir pela opção francamente genérica de “Implacável” é “Parabellum”, um
Destaque da Semana: "John Wick 3 - Implacável", de Chad Stahelski Outras Estreias: "Extremamente Perverso, Escandalosamente Cruel e Vil", de Joe Berlinger "Juntos Para Sempre 2", de Gail Mancuso "Uma Família no Ringue", de Stephen Merchant "Uma Traição Necessária", de Trevor Nunn "Em Chamas", de Lee Chang-Dong "Sinónimos", de Nadav Lapid "3 Rostos", de Jafar Panahi "Velhos Jarretas", de Christophe Duthuron "Mar", de Margarida Gil "Aladino e o Tapete Mágico", de Karsten Kiilerich
"The Beach Bum: A Vida Numa Boa", de Harmony Korine Aquando do lançamento de “Gummo” (1997), Harmony Korine visitou o programa de David Letterman para promover a sua primeira longa-metragem. A certo ponto, o entrevistador perguntou-lhe que motivos o convenceram a perseguir uma carreira no cinema. O mesmo limitou-se a responder que o panorama contemporâneo do cinema americano andava acorrentado a banais convenções pré-formatadas que não o entusiasmavam. Passadas quase três décadas, o autor que muitos encaram como um enfant terrible semelhante a outros provocadores como Gaspar Noé, Bertrand Mandico ou Yann Gonzalez, evidencia-se como um dos últimos anarcas estadunidenses. Um obstinado representante de um cinema poético que procura a transcendência por via da marginalidade, que almeja ascender ao céu pelo excesso do pecado. Exemplo modelar disso mesmo é “The Beach Bum: A Vida Numa Boa”, uma experiência intoxicante, a meio caminho entre John Cassavetes (1929–1989) e Terre
"Agradar, Amar e Correr Depressa", de Christophe Honoré Habituámo-nos a encarar Christophe Honoré como alguém ligado a uma certa tradição musical, porventura, enraizada do trabalho do seu compatriota Jacques Demy (1931-1990). No entanto, esse hábito também exclui um importante aspeto acerca do cinema de Honoré. Nomeadamente, o seu gosto pelo melodrama como um modelo de prospeção afetiva e exposição da dimensão mais íntima das relações humanas. A certo ponto, houve mesmo quem começasse a reconhecer nele um descendente de alguns de ícones como François Truffaut (1932-1984) ou Jean Renoir (1894-1979). Contudo, o autor que tanto parecia prometer com títulos como “Les Chansons d'Amour” (“As Canções de Amor”, 2007) ou “La Belle Personne” (“A Bela Junie”, 2008), não demorou a entrar numa triste rotina criativa que fez dos seus filmes subsequentes constantemente desapontantes. Do ainda inédito no mercado português “Homme au Bain” (2010) à verdadeiramente pavoroso “Les Ma
Destaque da Semana: "Agradar, Amar e Correr Depressa", de Christophe Honoré (Exclusivo Medeia Filmes) Outras Estreias: "The Beach Bum: A Vida Numa Boa", de Harmony Korine "Guerra Sem Quartel", de Lior Geller "O Intruso", de Deon Taylor "Um Ato de Fé", de Roxann Dawson "Pokémon: Detetive Pikachu", de Rob Letterman "Lucia Cheia de Graça", de Gianni Zanasi (Exclusivo UCI Cinemas) "Vida por Vida", de Frédéric Tellier "O Enigma da Rosa", de Josué Ramos (Exclusivo CinemaCity) "Onda de Crimes", de Gracia Querejeta (Exclusivo CinemaCity) "Diana", de Alejo Moreno (Exclusivo CinemaCity) "Devota com Pouca Sorte", de Marta Díaz de Lope Díaz (Exclusivo CinemaCity) "Hotel Império", de Ivo M. Ferreira Estreia a 11/05/2019: "Risk", de