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"A Felicidade das Pequenas Coisas", de Daniele Luchetti Daniele Luchetti, autor de "O Meu Irmão é Filho Único" e "A Nossa Vida" , é todo um especialista num realismo suave, contaminado por uma melancolia quotidiana que todos reconheceremos como nossa. Quer o tom lhe vá mais para o drama ou para a comédia, os resultados costumam pautar-se pela mesma consistência. Em "A Felicidade das Pequenas Coisas" , encontramo-lo a adaptar dois textos de Francesco Piccolo (um dos mais populares escritores italianos contemporâneos), que remetem para uma variedade de referências cinematográficas (de "O Céu Pode Esperar" a "Casa de Vida ou Morte" ). Nele, conhecemos Paolo (interpretado por Pif, alcunha do polivalente Pierfrancesco Diliberto), "um homem vulgar adorável", como é descrito a certo ponto, que começa por nos chamar a atenção pelas suas peculiares questões acerca dos elementos mais absurdos do quotidiano, e por hábitos pou
  Destaque da Semana: Outras Estreias: Em Reposição: (Exclusivo Medeia Filmes)
  O cinema japonês permanece quase completamente desconhecido no circuito comercial português, no entanto, em jeito de prenda de Natal, a Cinema Bold providencia ao público a oportunidade de conhecer um dos mais recentes títulos de um verdadeiro ícone do cinema contemporâneo (nipónico ou não). É tempo de ver "Primeiro Amor" , do prolífico Takashi Miike. Quem conhecer a sua extensa filmografia (onde se contam quase 100 longas-metragens) já saberão mais ou menos o que esperar, os outros arriscam-se a ter aqui uma experiência revelatória. Trata-se de uma comédia romântica pouco convencional, cujo enredo gira em torno de Leo, um talentoso pugilista, que acaba de receber a notícia de que tem um tumor cerebral. Ao vaguear sem rumo pelas ruas de Tóquio, cruza-se com Monica, uma rapariga em fuga, implicada num complexo esquema de prostituição e tráfico de droga. Leo decide protege-la, sem ter consciência de que isso o colocará na mira de uma dupla de polícias corruptos, da organizaçã
  Destaque da Semana: (Exclusivo Cinema Ideal) Outras Estreias: (Exclusivo Cinema Vida Ovar) Em Reposição: (Exclusivo Medeia Filmes)
"Fuga de Pretória", de Francis Annan O cinema sempre teve um especial interesse em histórias de pessoas que conseguem escapar de prisões. De "O Presidiário"  a "Os Fugitivos de Alcatraz" , passando pelas muitas versões de "Papillon" , as narrativas centradas em personagens que utilizam o seu engenho para encontrar maneiras de enganar os seus captores nunca falham na hora de chamar à atenção do público. Nesse sentido, "Fuga de Pretória" , da autoria do britânico Francis Annan, corresponde a uma valorosa nova adição a esses cânones. Em causa, encontramos a evocação de uma história verídica que começou com a detenção de Tim Jenkin e Stephen Lee (aqui interpretados por Daniel Radcliffe e Daniel Webber), dois ativistas políticos contra o Apartheid, na África do Sul, que foram condenados a passar doze e oito anos, respetivamente, num estabelecimento prisional, onde se encontravam muitos outros homens brancos que ousaram questionar as normas d
  Destaque da Semana: Outras Estreias: (Exclusivo Cinema Ideal) Em Reposição: (Exclusivo Medeia Filmes)
 Destaque da Semana: Outras Estreias: Em Reposição:
"Miss", de Ruben Alves A primeira longa-metragem de Ruben Alves, "A Gaiola Dourada" , vendeu mais de um milhão de bilhetes em Portugal. Ora, tendo em conta as circunstâncias (os distribuidores continuam a não ter condições para promover os seus filmes), é francamente impossível que a segunda, "Miss" , chegue sequer lá perto, mas a verdade é que bem merecia. Nele, conhecemos Alex (interpretado pelo modelo Alexandre Wetter), um rapaz que sempre navegou entre géneros, alimentando um sonho aparentemente impossível: conquistar o título de Miss França. No entanto, o tempo encarregou-se de lhe tirar os pais e a autoconfiança, levando-o a uma existência monótona e estagnada, que será interrompida por um encontro inesperado com uma figura do seu passado, que o convence a repensar essa velha ambição e a esconder a sua identidade, de modo a conseguir participar na competição. Algures entra a comédia de usos e costumes e a fábula, Alves constrói uma espécie de "R
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  "Pinóquio", de Matteo Garrone A recuperação de contos clássicos continua a estimular muitas e diversas produções à escala global. "Pinóquio" , de Matteo Garrone, é um exemplo particularmente brilhante disso mesmo. Afinal, todos conhecemos a odisseia do menino de madeira, cujo nariz cresce quando mente, contudo, arriscamo-nos a dizer que nunca encontramos nenhum filme que se assemelhe a este. Nas mãos de Garrone, as infantilidades de versões anteriores esfumam-se, levando consigo uma leveza parece contaminar a maioria destas adaptações revisionistas. Pelo contrário, o que o cineasta fez com a obra de Carlo Collodi, foi combinar um sentimento de realismo cru que é, estranhamente, complementado por elementos de fantasia à beira do grotesco. O seu "Pinóquio" pertence a uma Itália rural e empobrecida, onde a generosidade vive de mãos dadas com a violência, e a dureza do quotidiano não exclui a possibilidade da magia. A conceção deste universo faz-se através
Destaque da Semana: Outras Estreias: (Exclusivo Medeia Filmes) (Exclusivo CinemaCity)
"A Maldição de Larry", de Jacob Chase Que maravilha! “A Maldição de Larry” , a primeira longa-metragem do norte-americano Jacob Chase, é uma comovente fábula para os nossos tempos, que podemos (e devemos) encarar como um primo retorcido de “ET – O Extraterrestre” . Nele, conhecemos Oliver (Azhy Robertson), um menino diagnosticado com autismo durante a infância, que sempre se sentiu pouco adaptado ao mundo que o rodeia. Ostracizado pelos colegas de escola, que não conseguem compreender as suas peculiaridades, ele anseia por um amigo. Um dia, enquanto brinca com o tablet, é surpreendido por uma voz que o chama para brincar. É Larry, um monstro solitário que, através do aparelho, encontra uma passagem para o mundo real. Chase encena o todo como um requintado jogo de luz e sombras, demonstrando imensa criatividade na hora de encenar bons sustos, no entanto, o que distingue “A Maldição de Larry” da concorrência é a eloquência e emoção com que vai desenvolvendo um comentário acuti