"Sete Irmãs" ("What Happened to Monday"), de Tommy Wirkola Quem conhecer o cinema do norueguês Tommy Wirkola, poderá ficar espantado com esta sua nova longa-metragem. Afinal, o autor, que sempre evidenciou um gosto genuíno pelo grotesco e macabro, encontra-se aqui num registo adulto e sério, que os seus antecessores nunca antecipariam. Nada mais, nada menos, que uma ficção-cientifica orwelliana, acerca de sete irmãs, que necessitam de seguir regras extremamente rígidas, para sobreviver num futuro, onde a sobrepopulação tornou criminal ter mais de um filho. Premissa, no mínimo, sugestiva, que o realizador de clássicos de culto como “Dead Snow” e “Dead Snow: Red Vs Dead” transforma num thriller de série B, de primeiríssima linha, como os americanos tão bem sabiam fazer há uns anos e, entretanto parecem mesmo ter esquecido. É uma bela surpresa, ancorada em sete extraordinárias performances de Noomi Rapace (uma pequena dose de Willem Dafoe, também ajuda sempre,