"Mutant Blast", de Fernando Alle Por razões mais ou menos óbvias, a produção cinematográfica portuguesa é limitada (não existem recursos para mais), como tal, nunca sabemos se uma curta-metragem (muito boa ou muito má, não é essa a questão) representará o início de uma filmografia ou uma tentativa única de concretizar um sonho antigo. “Banana Motherfucker”, convenhamos, não era a primeira incursão de Fernando Alle no métier (antecedeu-se o fenómeno de culto “Papá Wrestling”), no entanto, correspondia a uma sublimação máxima da linguagem trash à lá Troma, porventura, aliada à adição do corealizador Pedro Florêncio. Ora, ninguém diria à altura, que o segundo tentaria procurar uma carreira no campo do documentá rio, claramente influenciada pelo trabalho do americano Frederick Wiseman, contudo, não nos parece surpreendente que Alle tenha escolhido continuar o trabalho que iniciara no passado com a primeira longa portuguesa que podemos encaixar firmemente no departamento do