"Então, és tu. O meu último rosto de mulher." Ouvimo-lo no princípio de "A Quimera" (ou muito semelhante, citamos de memória, mas jurando pela fidelidade ao espírito) e, não parecendo, Alice Rohrwacher, cineasta e coargumentista (com Carmela Covino e Marco Pettenello), anuncia imediatamente ao que vem com a sua quarta longa-metragem (antecederam-se "Corpo Celeste", "O País das Maravilhas" e "Feliz como Lázaro"). Quem o diz é Arthur (Josh O'Connor), referindo-se a Beniamina (Yile Yara Vianello), a noiva que perdeu em circunstâncias nunca clarificadas. Arthur é um "corpo estranho", um britânico a viver em Itália, subsistindo de uma atividade ilegal, isto é, o saquear de túmulos etruscos, onde se encontram preciosidades arqueológicas, que os entes queridos dos falecidos deixaram junto dos seus cadáveres para facilitar a entrada das suas almas no Reino dos Céus. Ora, Arthur tem um dom, consegue sentir, concretamente, debaixo d