Crítica: "Bons Rapazes", de Shane Black
Título Original: "The Nice Guys"
Realização: Shane Black
Argumento: Shane Black, Anthony Bagarozzi
Elenco: Russell Crowe, Ryan Gosling, Angourie Rice, Matt Bomer, Margaret Qualley
Género: Ação, Comédia, Crime
Duração: 116 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/14
Data De Estreia (Portugal): 25/05/2016
Título Original: "The Nice Guys"
Realização: Shane Black
Argumento: Shane Black, Anthony Bagarozzi
Elenco: Russell Crowe, Ryan Gosling, Angourie Rice, Matt Bomer, Margaret Qualley
Género: Ação, Comédia, Crime
Duração: 116 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/14
Data De Estreia (Portugal): 25/05/2016
Argumentista de alguns dos melhores e mais marcantes filmes do século passado, como "Arma Mortífera" ou "A Fúria do Último Escuteiro", Shane Black é um nome incontornável de um certo cinema de ação norte-americano (anterior ao domínio das mega produções de super-heróis) que Hollywood parece ter deixado de fazer e, para o provar, está aí a sua novíssima longa-metragem enquanto realizador (que, também escreve em parceria com Anthony Bagarozzi), "Bons Rapazes", um brilhante e delirante buddy cop movie, que tem tudo para se tornar num clássico de culto. A história tem lugar na década de 70, em Los Angeles, onde a morte misteriosa de uma estrela porno e o desaparecimento de uma jovem rapariga de feitio intempestivo se cruzam com um filme para adultos que não pode ser visto. Questões que só servem para juntar dois detetives privados Holland March e Jackson Healy, despoletando um sem fim de diálogos absolutamente hilariantes (a escrita de Black está, como sempre, afinadíssima), proferidos por uma dupla inesquecível: Ryan Gosling e Russell Crowe (quem se lembrou de contratar estes dois merecia um prémio), o primeiro afasta-se da sua imagem de galã que faz as mulheres suspirar e entrega-se de corpo e alma ao papel de um alcoólico, meio cobarde, com muito pouca sorte e o que daí resulta é um dos grandes papéis cómicos da década e a sua química com o segundo (a surpreender num registo que não lhe é habitual) é contagiante (fundamental para um filme deste tipo), vê-los em cena (aquele momento na casa de banho é de antologia) é um autêntico prazer e o mesmo pode ser dito acerca do filme que é, desde já, um dos melhores do ano.
Texto de Miguel Anjos
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