Crítica: "Logan", de James Mangold
Título Original: "Logan"
Realização: James Mangold
Género: Ação, Drama, Ficção-Cientifica
Duração: 137 minutos
Distribuidor: Big Picture Films
Classificação Etária: M/16
Data de Estreia (Portugal): 02/03/2017
Há precisamente um ano e três semanas atrás, Tim Miller desconstruiu notavelmente os clichés mais ou menos entediantes das fitas de super-heróis contemporâneos com doses generosas de brilhantismo no seu Deadpool. Agora, James Mangold (excelente realizador vindo de um cinema assumidamente classicista que Hollywood raramente vai produzindo hoje em dia) vem revolucionar esse mesmo género com este fascinante hibrido chamado Logan. Basicamente, um inspiradíssimo cruzamento de elementos do western (nem falta uma referência certeira ao clássico Shane) e road movie (o cineasta menciona Little Miss Sunshine como uma inspiração, por mais rocambolesco que isso possa parecer), que põe um Wolverine envelhecido, com barba grisalha e dores musculares incessantes no centro de uma narrativa sombria e adulta, permeada por um sentimento de melancolia terminal que nunca se dissipa e, quantidades copiosas de sanguinolência (como nunca antes vimos neste estilo de produções), sempre apresentadas no contexto de impressionantes cenas de ação que deixaram muitos espetadores de boquiabertos. Experiência cinematográfica invulgar, que acaba por funcionar como um contraponto humanista e comovente para o estilo de cinema pipoca que domina o mercado moderno. E, Jackman que se despede da personagem mais emblemática da sua carreira, é simplesmente maravilhoso. 2017 ainda começou à pouco tempo, mas já vamos descobrindo alguns dos seus melhores filmes.
10/10
Texto de Miguel Anjos
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