Crítica: Drácula - A História Desconhecida (Dracula Untold), de Gary Shore
Nos últimos tempos tem-se tornado "moda" em Hollywood, a reinvenção de personagens clássicas da história do cinema, principalmente os "lendários" monstros que durante anos protagonizaram variadíssimas fitas de terror e ainda hoje servem de inspiração a muitos realizadores e argumentistas na hora de criarem as suas próprias obras, foi assim recentemente com "Eu, Frankenstein" (estreado no início do ano), mas se nessa obra estávamos perante uma sequela da já conhecida história original, em "Drácula - A História Desconhecida" é-nos apresentada uma prequela, permitindo-nos assim "compreender" as verdadeiras origens do derradeiro vampiro.
E pois bem, diga-se desde já que para um estreante (já tinha executado uma curta, porém esta é a estreia do realizador numa longa-metragem), ou até para um veterano esta não será certamente uma personagem fácil de trabalhar, nem que seja só pelo facto da mesma já ter sido tão exaustivamente trabalhada por simultâneos autores e de variadas formas, quer de uma perspetiva mais próxima ao terror puro, quer através de uma aproximação que procura a comédia negra.
Porém, ao abordar o material em questão como um thriller de acção hiper-estilizado, Gary Shore acaba por conseguir um óptimo resultado final, que se deve em particular às interpretações de onde se destacam em especial, Luke Evans, que prova ser possuidor do charme e talento necessários para interpretar uma personagem desta envergadura ao distanciar o seu Drácula daquilo que em anteriores películas já nos tinha sido mostrado e nele imprimindo uma marca própria, o que abona imenso a favor da obra, e Charles Dance, aqui arrepiante como o vampiro que transforma Drácula. Destaca-se também a realização repleta de sequências visualmente imaginativas e imponentes que dão ao filme um toque especial.
A nível de pontos fracos, aponta-se apenas um, fallo aqui no pouco desenvolvimento dado aàpersonagem de Dominic Cooper, excelente ator que aqui se encontra porém preso num papel que pouco tem para lhe oferecer.
E, embora talvez possa "chatear" os puristas da obra original "Drácula - A História Desconhecida" é um espetáculo narrativo e visual imponente, realizado com garra e imaginação e atuado na perfeição por um elenco mais que capaz, que prende e entretém do princípio ao fim e deverá ser do agrado de todos os que procurem isso mesmo.
8/10
Nos últimos tempos tem-se tornado "moda" em Hollywood, a reinvenção de personagens clássicas da história do cinema, principalmente os "lendários" monstros que durante anos protagonizaram variadíssimas fitas de terror e ainda hoje servem de inspiração a muitos realizadores e argumentistas na hora de criarem as suas próprias obras, foi assim recentemente com "Eu, Frankenstein" (estreado no início do ano), mas se nessa obra estávamos perante uma sequela da já conhecida história original, em "Drácula - A História Desconhecida" é-nos apresentada uma prequela, permitindo-nos assim "compreender" as verdadeiras origens do derradeiro vampiro.
E pois bem, diga-se desde já que para um estreante (já tinha executado uma curta, porém esta é a estreia do realizador numa longa-metragem), ou até para um veterano esta não será certamente uma personagem fácil de trabalhar, nem que seja só pelo facto da mesma já ter sido tão exaustivamente trabalhada por simultâneos autores e de variadas formas, quer de uma perspetiva mais próxima ao terror puro, quer através de uma aproximação que procura a comédia negra.
Porém, ao abordar o material em questão como um thriller de acção hiper-estilizado, Gary Shore acaba por conseguir um óptimo resultado final, que se deve em particular às interpretações de onde se destacam em especial, Luke Evans, que prova ser possuidor do charme e talento necessários para interpretar uma personagem desta envergadura ao distanciar o seu Drácula daquilo que em anteriores películas já nos tinha sido mostrado e nele imprimindo uma marca própria, o que abona imenso a favor da obra, e Charles Dance, aqui arrepiante como o vampiro que transforma Drácula. Destaca-se também a realização repleta de sequências visualmente imaginativas e imponentes que dão ao filme um toque especial.
A nível de pontos fracos, aponta-se apenas um, fallo aqui no pouco desenvolvimento dado aàpersonagem de Dominic Cooper, excelente ator que aqui se encontra porém preso num papel que pouco tem para lhe oferecer.
E, embora talvez possa "chatear" os puristas da obra original "Drácula - A História Desconhecida" é um espetáculo narrativo e visual imponente, realizado com garra e imaginação e atuado na perfeição por um elenco mais que capaz, que prende e entretém do princípio ao fim e deverá ser do agrado de todos os que procurem isso mesmo.
8/10
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