Crítica:
"Pequena Grande Vida"
Alexander Payne permanece como um dos mais
confiáveis cineastas americanos, possuindo uma pequena, mas, impressionante
carreira, quase unicamente dedicada à construção de simples e comoventes
narrativas, sobre o quotidiano de gente comum, na América interior. No entanto,
em “Pequena Grande Vida” somos introduzidos a uma ambição que não lhe
conhecíamos. Como assim? Pois bem, tudo acontece num futuro próximo, onde um
rocambolesco processo de miniaturização de células parece surgir como uma
solução ecológica para a sobrepopulação e as mudanças climáticas. Um sugestivo princípio
para um conto de ficção-cientifica, portanto. Só que, Payne e Jim Taylor
(antiquíssimo colaborador seu) quiseram ir mais longe e pensaram uma odisseia,
algures entre a comédia gentil e o drama melancólico, que coloca o seu
protagonista (um excelente Matt Damon), numa rota de colisão com alguns dos
mais gritantes problemas da sociedade contemporânea. O resultado é uma sátira
político-social, com piada e miolos, que se conta entre as melhores surpresas
do momento.
Realização: Alexander Payne
Argumento: Alexander Payne, Jim Taylor
Elenco: Matt Damon, Christoph Waltz, Hong Chau, Kristen Wiig, Udo Kier, Jason Sudeikis, Neil Patrick Harris, Laura Dern
Género: Drama, Comédia
Duração: 135 minutos
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