Crítica: Maze Runner - Correr Ou Morrer (The Maze Runner), de Wes Ball
Vivemos na época das adaptações Young Adult (traduzido à letra jovens adultos), que para os menos versados na matéria é um termo designado para mais facilmente categorizar um determinado género de obra literária concebida com o objetivo de atingir um público maioritariamente jovem. Ora bem, desde o sucesso de "Twilight", que basicamente todos os estúdios têm tentado obter sucesso com adaptações cinematográficas de livros desta linha, de modo a criar franchises, o que teoricamente parece fácil, até porque cada uma destas películas chegam às salas já com um substancial grupo de fãs, mas se assim é, porque é que à exceção de "The Hunger Games" todos têm fracassado?
É simples e fácil de explicar, é que no geral estas obras não passam de cópias umas das outras e quando não o são acabamos por assistir a algo demasiado peculiar para ter sucesso nas bilheteiras (veja-se "Academia De Vampiros"). Além disso é também importante notar que no cinema apelar a jovens em exclusivo não chega, há que expandir a base de fãs para um público adulto também.
E é exactamente isso que este "The Maze Runner" consegue, com o principiante (embora isso não se note) Wes Ball a estrear-se na realização na perfeição com um thriller de ficção científica tenso, brutal, e misterioso, que surpreende com a sua enorme escala quer a nível visual, com cenários de cortar o fôlego quer a nível narrativo, com o seu argumento enigmático que apresenta uma satisfatória quantidade de twists sempre imprevisíveis. Tudo isto apoiado num elenco jovem, porém bastante talentoso de onde se destacam Dylan O´Brien (uma estrela para o futuro) como o nosso herói Thomas e Will Poulter que até aqui parecia estar a ficar cada vez mais preso em papéis de "tótó", que nos impressiona a cada cena como o detestável Gally.
E problemas, há? Bom, após o visionamento só existe algo que permanece na minha mente como sendo menos satisfatório, embora neste caso não seja bem uma crítica, mas sim um comentário. Falo do tom negro do filme que embora o beneficie na medida em que o faz mais original e tenso, também o prejudica acabando por fazer da obra de Wes Ball um filme profundamente frio, que só de vez em quando mostra algum coração, roubando assim algum impacto emocional que alguns momentos poderiam ter.
Porém, apesar disso "The Maze Runner - Correr Ou Morrer" é filme enigmático e inteligente, possuidor de uma tensão verdadeiramente brutal que consegue entreter do princípio ao fim, ao mesmo tempo que nos faz pensar e isso já vale uma recomendação.
9/10
Vivemos na época das adaptações Young Adult (traduzido à letra jovens adultos), que para os menos versados na matéria é um termo designado para mais facilmente categorizar um determinado género de obra literária concebida com o objetivo de atingir um público maioritariamente jovem. Ora bem, desde o sucesso de "Twilight", que basicamente todos os estúdios têm tentado obter sucesso com adaptações cinematográficas de livros desta linha, de modo a criar franchises, o que teoricamente parece fácil, até porque cada uma destas películas chegam às salas já com um substancial grupo de fãs, mas se assim é, porque é que à exceção de "The Hunger Games" todos têm fracassado?
É simples e fácil de explicar, é que no geral estas obras não passam de cópias umas das outras e quando não o são acabamos por assistir a algo demasiado peculiar para ter sucesso nas bilheteiras (veja-se "Academia De Vampiros"). Além disso é também importante notar que no cinema apelar a jovens em exclusivo não chega, há que expandir a base de fãs para um público adulto também.
E é exactamente isso que este "The Maze Runner" consegue, com o principiante (embora isso não se note) Wes Ball a estrear-se na realização na perfeição com um thriller de ficção científica tenso, brutal, e misterioso, que surpreende com a sua enorme escala quer a nível visual, com cenários de cortar o fôlego quer a nível narrativo, com o seu argumento enigmático que apresenta uma satisfatória quantidade de twists sempre imprevisíveis. Tudo isto apoiado num elenco jovem, porém bastante talentoso de onde se destacam Dylan O´Brien (uma estrela para o futuro) como o nosso herói Thomas e Will Poulter que até aqui parecia estar a ficar cada vez mais preso em papéis de "tótó", que nos impressiona a cada cena como o detestável Gally.
E problemas, há? Bom, após o visionamento só existe algo que permanece na minha mente como sendo menos satisfatório, embora neste caso não seja bem uma crítica, mas sim um comentário. Falo do tom negro do filme que embora o beneficie na medida em que o faz mais original e tenso, também o prejudica acabando por fazer da obra de Wes Ball um filme profundamente frio, que só de vez em quando mostra algum coração, roubando assim algum impacto emocional que alguns momentos poderiam ter.
Porém, apesar disso "The Maze Runner - Correr Ou Morrer" é filme enigmático e inteligente, possuidor de uma tensão verdadeiramente brutal que consegue entreter do princípio ao fim, ao mesmo tempo que nos faz pensar e isso já vale uma recomendação.
9/10
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