Crítica: "Ilha dos Cães"
Se os filmes de imagem real do americano Wes
Anderson já possuem uma magia que nos apetece associar ao cinema de animação,
então o que dizer sobre as suas pontuais aventuras nesse mesmo terreno? “Ilha
dos Cães” segue o maravilhoso “O Fantástico Sr. Raposo”, e recoloca o seu autor
no panteão dos mais idiossincráticos e interessantes cineastas vivos e, também
como um dos poucos genuínos criadores de universos e personagens, que sem a sua
galopante imaginação nunca se materializariam. É o caso da belíssima fabula de
um menino que parte em busca do seu fiel companheiro canino, numa ilha onde
estes animais foram exilados por um cruel presidente, que planeia extingui-los.
Estamos mesmo perante um acontecimento monumental, onde a visão simultaneamente
amarga e esperançosa que já vamos associando a Anderson, volta a expor um
brilhante cineasta que de maneira mais ou menos obsessiva regressa aos seus
cenários artificiosos, para encontrar (e nos oferecer) uma harmonia que a vida
insiste em negar-nos. Gentilmente permeado por um sentido de fino humor e
visualmente impressionante, “Ilha dos Cães” é a melhor razão que o mês de Abril
nos deu para sair de casa.
Realização: Wes Anderson
Argumento: Wes Anderson
Elenco: Koyu Rankin, Bryan Cranston, Edward Norton, Bob Balaban, Bill Murray,
Jeff Goldblum, Greta Gerwig, Liev Schreiber, Courtney B. Vance, Frances McDormand, Scarlett Johansson, Harvey Keitel, Yoko Ono
Género: Animação, Comédia, Drama
Duração: 101 minutos
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