Crítica: "Tudo Vai Ficar Bem", de Wim Wenders
Título Original: "Every Thing Will Be Fine"
Realização: Wim Wenders
Argumento: Bjørn Olaf Johannessen
Elenco: James Franco, Charlotte Gainsbourg, Rachel McAdams, Marie-Josée Croze
Género: Drama
Duração: 118 minutos
País: Alemanha | Canadá | França | Suécia | Noruega
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 12/11/2015
Site Oficial | IMDB
Título Original: "Every Thing Will Be Fine"
Realização: Wim Wenders
Argumento: Bjørn Olaf Johannessen
Elenco: James Franco, Charlotte Gainsbourg, Rachel McAdams, Marie-Josée Croze
Género: Drama
Duração: 118 minutos
País: Alemanha | Canadá | França | Suécia | Noruega
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 12/11/2015
Site Oficial | IMDB
Sete anos após "Imagens de Palermo", e depois de dois documentários, "Pina" e "O Sal da Terra", Wim Wenders regressa à ficção com um drama íntimo filmado em 3D (importa frisar, no entanto, que por razões que a razão não entende, o distribuidor decidiu não o passar nesse formato, nas nossas salas), sobre a culpa e o perdão. Nele se conta a história de Tomas Eldan (uma composição de invulgares nuances emocionais de James Franco), um escritor em bloqueio criativo, que ao regressar à casa, no meio de um denso nevão, atinge o trenó em que dois irmãos esquiavam, matando o mais velho, desse modo iniciando um estranho processo de luto que tende a aproximá-lo da própria mãe da criança (Charlotte Gainsbourg) e, de alguma maneira distanciando-o da mulher (Rachel McAdams) com que partilha a sua existência... E, desde logo, importa notar, o discreto brilhantismo da mise en scène de Wenders, que através de um constante jogo de atmosfera (auxiliado pelo admirável trabalho do compositor francês Alexandre Desplat, cuja banda sonora se impõe como elemento vivo de toda a dramaturgia), a viagem emocional do protagonista, do trauma à redenção, com notável maturidade. Estamos assim, perante um filme invulgar, avesso a quaisquer formatações (dramáticas, simbólicas, etc.) das suas personagens e das situações tão extremas que são levadas a viver. Não será, de modo algum, das obras mais acessíveis do cineasta alemão, mas conta-se, indiscutivelmente entre as mais gratificantes.
Classificação: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10
Texto de Miguel Anjos
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