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Crítica: "Tartarugas Ninja Heróis Mutantes: O Romper das Sombras", de Dave Green


Título Original: "Teenage Mutant Ninja Turtles: Out of the Shadows"
Realização: Dave Green
Argumento: Josh AppelbaumAndré Nemec
Elenco: Megan Fox, Will Arnett, Tyler Perry
Género: Ação, Aventura, Comédia
Duração: 112 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 01/06/2016

Ninguém adorou a passada aventura cinematográfica das Tartarugas Ninja (mas, também ninguém detestou o que, de certa forma, já é uma vitória), ainda assim, os resultados nas bilheteiras foram fortes o suficiente para assegurar uma sequela que, esta semana, chega às nossas salas e, embora não estejamos perante uma obra-prima (nem lhe exigíamos tal coisa), importa notar, que "O Romper das Sombras" representa uma melhoria bem clara em relação ao primeiro capítulo e uma das boas surpresas da temporada. Desta feita, as tartarugas terão que enfrentar o vilão Shredder (Brian Tee), que depois de fugir da prisão, se une ao cientista louco Baxter Stockman (Tyler Perry) e a dois criminosos de baixíssimo intelecto, Bebop e Rocksteady (respetivamente encarnados por Gary Anthony Williams e Stephen Farrelly), para desencadear um plano diabólico e dominar o mundo. A partir daí, o cineasta Dave Green (que já tinha dado provas de talento com o soberbo "Terra Chama Echo") constrói uma fita muitíssimo competente, com ótimas sequências de ação, efeitos visuais de encher o olho e um sentido de humor delirante, que deverá entreter (e muito) todos aqueles que procurarem diversão descomplexada.

Texto de Miguel Anjos

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