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Cinema

Crítica: "Gru, O Maldisposto 3", de Eric Guillon, Kyle Balda, Pierre Coffin


Título Original: "Despicable Me 3"
Argumento: Cinco Paul, Ken Daurio
Género: Animação, Comédia
Duração: 90 minutos
Distribuição: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/6
Data de Estreia (Portugal): 29/06/2017


Tornou-se impossível pensar nas aventuras e desventuras do ex-vilão Gru (que, nunca foi tão maldisposto como o título dava a entender), sem falar nos seus pequenos empregados amarelos, cuja popularidade conseguiu suplantar a personagem nominal. E, nesse sentido, os animadores da Illumination, viram-se forçados a construir uma narrativa, onde possam coexistir os Mínimos e, o seu patrão Gru, sem prejudicar nenhum dos dois. O resultado é um terceiro capítulo de impressionante vitalidade, oferecendo às pequenas criaturas, com um amor desmesurado por bananas, uma história própria, de onde podemos retirar alguns dos melhores e, mais inteligentes gags de todo o filme (um momento musical, num banal programa de talentos, é um destaque óbvio) e, alimentando as personagens elegantemente construídas, que constituem a família de Gru, desde as filhas à mulher, passando por uma surpresa, a introdução de um irmão gémeo, que o próprio desconhecia ter. Tudo isto acaba por contribuir para um espetáculo de animação irrepreensível, com gargalhadas mais que suficientes para entreter (e muito) miúdos e graúdos, que é, possivelmente, o melhor filme da trilogia e, também um dos mais apetecíveis e descontraídos entretenimentos de verão, que os próximos meses nos trarão. E, mesmo que nada disto bastasse para nos convencer disso mesmo, teríamos ainda um vilão memorável (com voz do inigualável Trey Parker), a representar um certo revivalismo musical e não só, dos anos 80 (referencias a programas de televisão e filmes mais ou menos icónicos desse período, também abundam). Elegante e inocente (não há malicia alguma no humor) acontecimento familiar, portanto.

7/10
Texto de Miguel Anjos

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