Crítica: "Gru, O Maldisposto 3", de Eric Guillon, Kyle Balda, Pierre Coffin
Título
Original: "Despicable Me 3"
Realização:
Eric Guillon, Kyle Balda, Pierre Coffin
Argumento:
Cinco Paul, Ken Daurio
Elenco: Steve Carell, Kristen Wiig, Trey Parker
Género: Animação, Comédia
Duração:
90 minutos
Distribuição:
NOS Audiovisuais
Classificação
Etária: M/6
Data de
Estreia (Portugal): 29/06/2017
Tornou-se impossível
pensar nas aventuras e desventuras do ex-vilão Gru (que, nunca foi tão
maldisposto como o título dava a entender), sem falar nos seus pequenos
empregados amarelos, cuja popularidade conseguiu suplantar a personagem
nominal. E, nesse sentido, os animadores da Illumination, viram-se forçados a
construir uma narrativa, onde possam coexistir os Mínimos e, o seu patrão Gru,
sem prejudicar nenhum dos dois. O resultado é um terceiro capítulo de
impressionante vitalidade, oferecendo às pequenas criaturas, com um amor
desmesurado por bananas, uma história própria, de onde podemos retirar alguns
dos melhores e, mais inteligentes gags de todo o filme (um momento musical, num
banal programa de talentos, é um destaque óbvio) e, alimentando as personagens
elegantemente construídas, que constituem a família de Gru, desde as filhas à
mulher, passando por uma surpresa, a introdução de um irmão gémeo, que o
próprio desconhecia ter. Tudo isto acaba por contribuir para um espetáculo de
animação irrepreensível, com gargalhadas mais que suficientes para entreter (e
muito) miúdos e graúdos, que é, possivelmente, o melhor filme da trilogia e,
também um dos mais apetecíveis e descontraídos entretenimentos de verão, que os
próximos meses nos trarão. E, mesmo que nada disto bastasse para nos convencer
disso mesmo, teríamos ainda um vilão memorável (com voz do inigualável Trey
Parker), a representar um certo revivalismo musical e não só, dos anos 80 (referencias
a programas de televisão e filmes mais ou menos icónicos desse período, também
abundam). Elegante e inocente (não há malicia alguma no humor) acontecimento
familiar, portanto.
7/10
Texto de Miguel Anjos
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