Avançar para o conteúdo principal
Crítica: "Polícias Em Grandes Apuros", de Tim Story

Título Original: "Ride Along 2"
Realização: Tim Story
Argumento: Phil Hay, Matt Manfredi
Elenco: Ice Cube, Kevin Hart, Tika Sumpter, Benjamin Bratt, Olivia Munn, Ken Jeong
Género: Ação, Comédia
Duração: 101 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Data De Estreia (Portugal): 14/01/2016
Classificação Etária: M/12
A sabedoria tradicional, mesmo nos EUA, diz que filmes com um elenco maioritariamente negro, ainda para mais de realizadores negros, não vendem bem além-mar (isto mesmo tendo em conta que já existem provas, por demais evidentes do contrário). Porém, o êxito do primeiro "Ride Along" (entre nós, lançado diretamente para VOD, sob o título "Polícias em Apuros") foi de tal forma esmagador que a levou a Universal Pictures a lançar esta sequela em sala na Europa. Desta vez, a improvável dupla de polícias, um "caloiro" e um veterano, vão de Atlanta até Miami para tentar apanhar um traficante de droga que anda a espalhar o seu produto por todo o lado. O que daí resulta é uma comédia de ação (na linha de fitas do género como "O Caça Polícias", "Arma Mortífera" ou "Hora de Ponta") profundamente esquemática e derivativa, mas muito divertida que sabe explorar da melhor maneira as potencialidades e o talento da sua dupla de protagonistas, Ice Cube e Kevin Hart, que apresentam uma química inegável e, aqui protagonizam uma série de momentos verdadeiramente hilariantes. Entretenimento passageiro é certo, mas bastante eficaz.

Classificação: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10
Texto de Miguel Anjos

Etiquetas

Etiquetas:

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

CRÍTICA - "THE APPRENTICE - A HISTÓRIA DE TRUMP"

"The Apprentice", em Portugal, acompanhado pelo subtítulo "A História de Trump", tornou-se num dos filmes mais mediáticos do ano antes de ser revelado ao público, em maio, no Festival de Cannes, "poiso" habitual do seu autor, o iraniano-sueco-dinamarquês Ali Abbasi. De facto, os tabloides tiveram muito por onde pegar, houve um apoiante de Donald Trump que, inconscientemente, terá sido um dos financiadores de "The Apprentice" (só podemos especular que terá assumido que o filme se tratava de uma hagiografia, de pendor propagandístico), a campanha de boicote que Trump e a sua comitiva lançaram contra o filme, a dificuldade de encontrar um distribuidor no mercado norte-americano (nenhum estúdio quer ter um possível Presidente como inimigo), etc. A polémica vale o que vale (nada), ainda que, inevitavelmente, contribua para providenciar um ar de choque a "The Apprentice", afinal, como exclamam (corretamente) muitos dos materiais promocionais ...
Enviar um comentário
Read more »

"Flow - À Deriva" ("Straume"), de Gints Zilbalodis

Não devemos ter medo de exaltar aquilo que nos parece "personificar", por assim dizer, um ideal de perfeição. Consequentemente, proclamo-o, sem medos, sem pudores, "Flow - À Deriva", do letão Gints Zilbalodis é um dos melhores filmes do século XXI. Um acontecimento estarrecedor, daqueles que além de anunciar um novo autor, nos providencia a oportunidade rara, raríssima de experienciar "cinema puro". O conceito é simultaneamente simples e complexo. Essencialmente, entramos num mundo que pode ou não ser o nosso, onde encontramos apenas natureza, há resquícios do que pode, eventualmente, ter sido intervenção humana, mas, permanecem esquecidos, abandonados, nalguns casos, até consumidos pela vegetação. Um dia, um gato, solitário por natureza, é confrontado com um horripilante dilúvio e, para sobreviver, necessita de se unir a uma capivara, um lémure-de-cauda-anelada e um cão. Segue-se uma odisseia épica, sem diálogos, onde somos convidados (os dissidentes, cas...
Enviar um comentário
Read more »

"Oh, Canada", de Paul Schrader

Contemporâneo de Martin Scorsese, Steven Spielberg e Francis Ford Coppola, Paul Schrader nunca conquistou o estatuto de "popularidade" de nenhum desses gigantes... e, no entanto (ou, se calhar, por consequência de), é, inquestionavelmente, o mais destemido. Em 1997, "Confrontação", a sua 12ª longa-metragem, tornou-se num pequeno sucesso, até proporcionou um Óscar ao, entretanto, falecido James Coburn. Acontece que, o mediatismo não o deslumbrou, pelo contrário, Schrader tornou-se num cineasta marginal, aberto às mais radicais experiências (a título de exemplo, mencionemos "Vale do Pecado", com Lindsay Lohan e James Deen). Uma das personas mais fascinantes do panorama cultural norte-americano, parecia ter escolhido uma espécie de exílio, até que, "No Coração da Escuridão", de 2017, o reconciliou com o público. Aliás, o filme representou o início de uma espécie de trilogia, completada por "The Card Counter: O Jogador", em 2021, e "O ...
Enviar um comentário
Read more »