Avançar para o conteúdo principal
Crítica: "Star Trek: Além do Universo", de Justin Lin

Título Original: "Star Trek Beyond"
Realização: Justin Lin
Argumento: Simon Pegg, Doug Jung
Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Karl Urban, Zoe Saldana, Simon Pegg, John Cho, Anton Yelchin, Idris Elba, Sofia Boutella
Género: Ação, Aventura, Ficção-Cientifica
Duração: 122 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/12
Data de Estreia (Portugal): 25/08/2016

Crítica: Depois de reintroduzido em 2009 por J.J. Abrams, o universo "Star Trek" regressa aos nossos ecrãs (três anos depois do extremamente polarizador "Além da Escuridão") e, fá-lo com um novo cineasta aos comandos. O escolhido para esta missão, foi Justin Lin, o homem que revolucionou a saga "Velocidade Furiosa" e, dela fez algo que até mesmo os mais pretensiosos críticos de cinema conseguem apreciar. E, se à partida a escolha de um realizador que nunca antes tinha trabalhado no reino da ficção-cientifica poderia parecer algo rocambolesca, a verdade é que Lin surpreendeu-nos a todos e entregou um dos mais divertidos filmes do franchise. Uma deliciosa e espantosa aventura pelo espaço, com uma boa dose de sentido de humor (cortesia do inigualável Simon Pegg, que também escreveu o argumento, desta vez) e um elenco de notáveis (o sempre excelente Idris Elba, no papel de um vilão que não deixa cair a guarda, é um destaque óbvio). Nele, James T. Kirk (Chris Pine, ótimo como já é habitual) e a restante tripulação da USS Enterprise, veem-se presos num planeta inóspito, na sequência de um ataque coordenado por um tirano (Elba). Com um ritmo frenético e impressionantes sequências de ação, "Star Trek: Além do Universo" é um entretenimento pipoca de primeiríssima linha, que surpreende pela forma como se demonstra capaz de conjugar uma trama emocionalmente complexa com os obrigatórios momentos de espetacularidade típicos de um grande blockbuster. No final, ficamos com um filme pipoca de primeiríssima linha, que se vê com um sorriso na cara do princípio ao fim.
Texto de Miguel Anjos

Etiquetas

Etiquetas:

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

CRÍTICA - "THE APPRENTICE - A HISTÓRIA DE TRUMP"

"The Apprentice", em Portugal, acompanhado pelo subtítulo "A História de Trump", tornou-se num dos filmes mais mediáticos do ano antes de ser revelado ao público, em maio, no Festival de Cannes, "poiso" habitual do seu autor, o iraniano-sueco-dinamarquês Ali Abbasi. De facto, os tabloides tiveram muito por onde pegar, houve um apoiante de Donald Trump que, inconscientemente, terá sido um dos financiadores de "The Apprentice" (só podemos especular que terá assumido que o filme se tratava de uma hagiografia, de pendor propagandístico), a campanha de boicote que Trump e a sua comitiva lançaram contra o filme, a dificuldade de encontrar um distribuidor no mercado norte-americano (nenhum estúdio quer ter um possível Presidente como inimigo), etc. A polémica vale o que vale (nada), ainda que, inevitavelmente, contribua para providenciar um ar de choque a "The Apprentice", afinal, como exclamam (corretamente) muitos dos materiais promocionais ...
Enviar um comentário
Read more »

"Flow - À Deriva" ("Straume"), de Gints Zilbalodis

Não devemos ter medo de exaltar aquilo que nos parece "personificar", por assim dizer, um ideal de perfeição. Consequentemente, proclamo-o, sem medos, sem pudores, "Flow - À Deriva", do letão Gints Zilbalodis é um dos melhores filmes do século XXI. Um acontecimento estarrecedor, daqueles que além de anunciar um novo autor, nos providencia a oportunidade rara, raríssima de experienciar "cinema puro". O conceito é simultaneamente simples e complexo. Essencialmente, entramos num mundo que pode ou não ser o nosso, onde encontramos apenas natureza, há resquícios do que pode, eventualmente, ter sido intervenção humana, mas, permanecem esquecidos, abandonados, nalguns casos, até consumidos pela vegetação. Um dia, um gato, solitário por natureza, é confrontado com um horripilante dilúvio e, para sobreviver, necessita de se unir a uma capivara, um lémure-de-cauda-anelada e um cão. Segue-se uma odisseia épica, sem diálogos, onde somos convidados (os dissidentes, cas...
Enviar um comentário
Read more »

"Oh, Canada", de Paul Schrader

Contemporâneo de Martin Scorsese, Steven Spielberg e Francis Ford Coppola, Paul Schrader nunca conquistou o estatuto de "popularidade" de nenhum desses gigantes... e, no entanto (ou, se calhar, por consequência de), é, inquestionavelmente, o mais destemido. Em 1997, "Confrontação", a sua 12ª longa-metragem, tornou-se num pequeno sucesso, até proporcionou um Óscar ao, entretanto, falecido James Coburn. Acontece que, o mediatismo não o deslumbrou, pelo contrário, Schrader tornou-se num cineasta marginal, aberto às mais radicais experiências (a título de exemplo, mencionemos "Vale do Pecado", com Lindsay Lohan e James Deen). Uma das personas mais fascinantes do panorama cultural norte-americano, parecia ter escolhido uma espécie de exílio, até que, "No Coração da Escuridão", de 2017, o reconciliou com o público. Aliás, o filme representou o início de uma espécie de trilogia, completada por "The Card Counter: O Jogador", em 2021, e "O ...
Enviar um comentário
Read more »