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A mostrar mensagens de junho, 2021
 "O AMOR MOVE MONTANHAS", DE JOHN PATRICK SHANLEY Em 2008, o dramaturgo irlandês John Patrick Shanley assinou a sua segunda longa-metragem. "Dúvida" era o título e encontrava a sua base na peça homónima da autoria do próprio Shanley, que lhe valeu mesmo um Pulitzer. Era um olhar contundente e provocador sob o quotidiano de um colégio católico assombrado pelos fantasmas da pedofilia. Na altura, Shanley queria Emily Blunt para o papel que eventualmente acabou nas mãos muito capazes de Amy Adams, no entanto, tantos anos depois a atriz britânica reúne-se finalmente com o irlandês naquela é apenas a sua terceira realização. Chama-se "O Amor Move Montanhas" e é bem capaz de ser o mais irresistivelmente charmoso lançamento do momento. Baseado em "Outside Mullingar", que Shanley apresentara com muito sucesso na Broadway, "O Amor Move Montanhas" convoca-nos para uma Irlanda a meio caminho entre a realidade e o conto de fadas. É lá que conhecemos
"Caminho Sem Retorno", de Mike P. Nelson Em 2003, a Constantin Film levou-nos aos bosques montanhosos da Virgínia, nos Estados Unidos, onde conhecemos uma família de canibais particularmente famintos. Chamava-se "Escolha Mortal", acompanhava um sexteto de indivíduos que optaram por seguir um atalho insuspeito e o filme conseguiu escapar ao desdém da imprensa especializada e tornar-se num pequeno sucesso de bilheteira. Aliás, o que aparentava ser uma inconsequente tentativa de conceber um "Terror nas Montanhas" para um novo público, acabou por representar o início de uma franquia que nunca replicou o burburinho provocado pelo capítulo introdutório. No entanto, encontramo-nos no século XXI, onde nenhuma marca permanece enterrada por muito tempo, portanto, é normal que a Constantin Film pretenda ressuscitar "Escolha Mortal", estranho é que o tenham conseguido fazer com um filme tão inteligente, capaz de por a um canto qualquer um dos seus predecesso
Destaque da Semana: Outras Estreias: (Exclusivo Medeia Filmes)
  "SUPERNOVA", DE HARRY MACQUEEN Primeiro, à boleira dos Óscares, as salas de cinema nacionais receberam "O Pai", viagem literalmente alucinante até aos confins de uma mente em dissolução, sempre ancorada na perspetiva de um idoso com demência. Depois, veio "Blackbird - A Despedida", o retrato cómico-melancólico do último fim-de-semana de uma matriarca que escolheu morrer antes de permitir que uma doença degenerativa lhe tire a autonomia por completo. Agora, já na chamada silly season, quando os primeiros blockbusters do verão começam a aparecer, a NOS Audiovisuais conclui esta trilogia temática com aquele que é possivelmente o melhor e mais doloroso dos três filmes: "Supernova", a segunda longa-metragem do ator britânico Harry Macqueen, o melodrama impossivelmente íntimo que nos dilacera subtilmente. Tusker (Stanley Tucci) e Sam (Colin Firth), um americano e um inglês, partilham a cumplicidade de quem se conhece (e ama) há muito tempo. O primeir
Destaque da Semana: Outras Estreias:
  Destaque da Semana: Outras Estreias:
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"Ninguém", de Ilya Naishuller E se, "Beleza Americana" tivesse como personagem central um assassino implacável como John Wick? Parece ser esse o pensamento que se encontrou na origem de "Ninguém", um cruzamento demencial de comédia e ação, sobre um ex-auditor da CIA que vê uma oportunidade de abandonar a passividade que passou a comandar o seu quotidiano, quando um incidente violento o coloca na mira de um intimidante membro do submundo do crime organizado. Imbuído de um sentido de humor irreverente, pontuado por sanguinolentas sequências de ação de deixar qualquer um boquiaberto, "Ninguém" é o equivalente de um suculento naco de carne mal passado e não há problema nenhum com isso. Os fãs do cinema de pancadaria já tinham motivos para manter ter o russo Ilya Naishuller debaixo de olho, agora fica confirmado que ele é mesmo um dos mestres contemporâneos no seu campo. Texto de Miguel Anjos